Titular Luís Viana Filho ARENA
Eleito Antônio Carlos Magalhães ARENA
As eleições estaduais na Bahia em 1970 ocorreram em duas etapas de acordo com o Ato Institucional Número Três. Com isso, a eleição indireta do governador Antônio Carlos Magalhães e do vice-governador Menandro Minahim foi realizada em 3 de outubro enquanto a escolha dos senadores Heitor Dias e Rui Santos, 22 deputados federais e 46 estaduais ocorreu em 15 de novembro num rito igual ao aplicado a todos os 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1][2][3][nota 1]
Natural de Salvador, o governador Antônio Carlos Magalhães presidiu o Grêmio Estudantil do Colégio Estadual da Bahia e depois foi aluno da Universidade Federal da Bahia onde chegou à presidência do Centro Acadêmico, da Faculdade de Medicina e do Diretório Central dos Estudantes. Formado em 1952, foi professor na referida universidade até filiar-se à UDN, sendo eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal em 1958 e 1962. Aliado do Regime Militar de 1964, foi reeleito à Câmara dos Deputados pela ARENA em 1966. Entretanto passou a maior parte do mandato à frente da prefeitura de Salvador[nota 2] por escolha do governador Lomanto Júnior e aquiescência de seu sucessor, Luís Viana Filho, a quem Magalhães substituiria por decisão do presidente Emílio Garrastazu Médici em 1970. Após essa vitória foram lançadas as sementes do carlismo graças à vinculação de seu líder aos sucessivos governos militares a partir de 1964 e, mesmo na Nova República, sua atuação o permitiu eleger a maioria dos governadores baianos até o princípio do Século XXI.[4][5][nota 3]
Para vice-governador foi apontado o também médico Menandro Minahim. Formado na Universidade Federal da Bahia, militou no PDC e foi prefeito de Serrinha e Jaguaquara, eleito respectivamente em 1947 e 1950. Também exerceu quatro mandatos consecutivos de deputado estadual.[6]
Na eleição para senador o mais votado foi Heitor Dias. Advogado nascido em Santo Amaro e formado na Universidade Federal da Bahia em 1935, exerceu o magistério na referida instituição. Secretário do Instituto do Cacau da Bahia, foi correligionário de Otávio Mangabeira, que o tornou diretor da Imprensa Oficial do Estado. Eleito sucessivamente vereador em 1954 e prefeito de Salvador em 1958, chegando à Câmara dos Deputados em 1962 e 1966, quando já trocara a UDN pela ARENA. Ele também exerceu os cargos de secretário de Governo de Lomanto Júnior e secretário de Justiça de Luís Viana Filho.[7][8]
Também vindo da UDN e igualmente formado na Universidade Federal da Bahia, o médico Rui Santos conseguiu a segunda cadeira senatorial após cumprir seis mandatos de deputado federal a partir de 1945. Natural de Casa Nova, foi secretário de Governo na segunda estadia de Juracy Magalhães pelo Palácio da Aclamação.[nota 4][9][10]
Numa eleição a cargo da Assembleia Legislativa da Bahia a ARENA votou na chapa vencedora enquanto no MDB houve seis abstenções e duas ausências.[11][12]
Conforme o acervo do Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 1.782.921 votos nominais (65,45%), 834.137 votos em branco (30,62%) e 107.088 votos nulos (3,93%), resultando no comparecimento de 2.724.146 eleitores na disputa para senador.[2]
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[13][14]
Representação eleita ARENA: 19 MDB: 3
Representação eleita
Das cinquenta cadeiras em disputa o placar foi de quarenta para a ARENA e seis para o MDB segundo o Tribunal Superior Eleitoral e a Assembleia Legislativa da Bahia.[2][15]
Representação eleita ARENA: 40 MDB: 6
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