Na década de 1720, foi criado, no local de uma antiga aldeia de indígenascariris (localizado onde hoje é a sede de Tucano), um aldeamento missionário para a catequese dos mesmos, no qual, por volta de 1727, um frei de nome Apolônio edificou uma capela em louvor a Senhora Santana. Sob influência catequista, essa povoação cresceu, sendo elevada, em 1754, à categoria de freguesia, com o nome de Santana e Santo Antônio de Tucano, subordinada à vila de Itapicuru de Cima.[11][12][13]
A Lei Provincial nº 51, de 21 de março de 1837, elevou a Freguesia de Tucano à categoria de vila, com o nome de Imperial Vila do Tucano, desmembrando-a de Itapicuru. A instalação da nova vila ocorreu dois meses depois, aos 26 de maio daquele ano.[11][12]
Devido a sucessivas secas, por meio dos decretos estaduais n.º 7.455 e n.º 7.479, de 23 de junho de 1931 e 8 de julho de 1931 respectivamente, extinguiu-se a vila de Tucano, a qual foi anexada ao município de Cipó como um simples distrito. Tucano foi elevada novamente à categoria de município, se desmembrando de Cipó, por meio do Decreto Estadual n.º 8.447, de 27 de maio de 1933, sendo reinstalada em 24 de junho do mesmo ano.[11][12]
Em 1948, durante perfurações para prospecção de petróleo na Fazenda Macaco, foram descobertas águas termais, transformando essas fontes em um atrativo turístico importante da região. Ao redor dessas termas, formou-se o povoado de Caldas do Jorro.[14]
Por meio da Lei Estadual n.º 1.640, de 15 de março de 1962, o distrito de Quijingue (anteriormente denominado Triunfo), criado em 1917, foi desmembrado de Tucano e elevado à categoria de município.[11]
Sobre os aspectos físicos e fitográficos do município de Tucano, Vieira et al. (2005, p. 5) afirmam: “Terrenos que constituem as depressões periféricas e interplanálticas e a bacia sedimentar Recôncavo-Tucano compõem o relevo da área que se apresenta acidentado formando morros arredondados e vales profundos em forma de V no extremo oeste do município, plano e suavemente ondulado com vales abertos na parte central e na forma de tabuleiros na sua porção oriental. A rede de drenagem dendrítica, retangular e localmente paralela, pertence à bacia hidrográfica do rio Itapicuru. Solos dos tipos latossolo vermelho-amarelo álico, planossolo solódico eutrófico e neossolo sustentam a vegetação de caatinga arbórea densa e aberta com zonas de transição caatinga-savana e savana arbórea aberta. É comum a presença de alguns tipos de cactus como: mandacaru, xique-xique, palmatória, palma, macambira, cabeça de frade e árvores de grande porte como: juazeiro, cajueiro, umbuzeiro, umburana, barriguda e quixabeira. Na maior parte do município a vegetação nativa foi substituída por pastos e áreas destinadas ao plantio de culturas cíclicas.”[15]
Economia
A economia do município de Tucano é baseada na agricultura (sobretudo de milho e feijão), pecuária (de bovinos, caprinos e ovinos) e turismo (tendo como principal atrativo as águas termais de Caldas do Jorro). Além disso, há uma vocação para a manufatura artesanal.[17]
↑Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2010). «Perfil do município de Tucano - BA». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Consultado em 4 de março de 2014