Paulo Souto (360) Durval Carneiro (57)
Titular Antônio Imbassahy PFL
Eleito Paulo Souto PFL
As eleições estaduais na Bahia em 1994 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. O resultado apontou uma vitória maciça do PFL que elegeu o governador Paulo Souto, o vice-governador César Borges, os senadores Antônio Carlos Magalhães e Waldeck Ornelas e fez as maiores bancadas entre os 39 deputados federais e 63 deputados estaduais eleitos. Como nenhum aspirante ao Palácio de Ondina somou a metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 15 de novembro e conforme a Constituição e a Lei nº 8.713,[1][2] o vencedor tomaria posse a 1º de janeiro de 1995 para quatro anos de mandato.[nota 1]
Nascido em Caetité, o governador Paulo Souto foi radialista em Ilhéus e ao chegar em Salvador, trabalhou na Rádio Sociedade da Bahia durante o curso de Geologia na Universidade Federal da Bahia graduando-se em 1966. Ao voltar a Ilhéus, trabalhou junto à lavoura cacaueira e doutorou-se pela Universidade de São Paulo em 1973. Nomeado secretário de Minas e Energia em 1979 pelo governador Antônio Carlos Magalhães, foi mantido no cargo por João Durval Carneiro e em 1987, o presidente José Sarney o escolheu para dirigir a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. Em 1990 foi eleito vice-governador na chapa de Antônio Carlos Magalhães a quem serviu como secretário de Indústria e Comércio. Renunciou, juntamente com o titular, para concorrer ao pleito de 1994, no qual foi eleito governador da Bahia pelo PFL.[3]
Seu companheiro de chapa foi o engenheiro civil César Borges. Nascido em Salvador e formado pela Universidade Federal da Bahia, foi professor da instituição e antes trabalhou na iniciativa privada. Durante o governo de João Durval Carneiro presidiu a Junta Comercial da Bahia e foi chefe de gabinete da Secretaria da Indústria e Comércio. Filiado ao PFL elegeu-se deputado estadual em 1986 e 1990, pedindo licença para assumir a Secretaria de Recursos Hídricos no terceiro governo de Antônio Carlos Magalhães. Eleito vice-governador, assumiria o Palácio de Ondina em 1998 quando Paulo Souto renunciou para concorrer ao Senado Federal.[4]
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 3.280.012 votos nominais (63,61%), 1.392.849 votos em branco (27,01%) e 483.519 votos nulos (9,38%) resultando no comparecimento de 5.156.380 eleitores (73,33%).
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 3.812.702 votos nominais (87,28%), 75.722 votos em branco (1,73%) e 479.768 votos nulos (10,98%), resultando no comparecimento de 4.368.192 eleitores (62,12%).
O senador mais votado foi Antônio Carlos Magalhães, médico formado pela Universidade Federal da Bahia e natural de Salvador. Também jornalista e empresário, ingressou na UDN e foi eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal em 1958, 1962 e 1966, filiou-se à ARENA em apoio ao Regime Militar de 1964.[7] Nomeado prefeito de Salvador nos últimos dias do governo Lomanto Júnior em 1967, foi mantido no cargo por Luís Viana Filho, tornando-se governador biônico da Bahia em 1970 e presidente da Eletrobras em 1975 antes de retornar ao governo do estado em 1978. Dissidente do PDS, deu apoio a Tancredo Neves na eleição presidencial de 1985 e comandou o Ministério das Comunicações no Governo Sarney, firmando-se como liderança nacional do PFL e ao sair do cargo elegeu-se governador da Bahia em 1990.[8]
A outra vaga de senador ficou com o advogado Waldeck Ornelas, nascido em Ipiaú e graduado pela Universidade de Brasília.[9] Assessor de órgãos da prefeitura de Salvador e do governo baiano, trabalhou na iniciativa privada antes de assumir a superintendência do Banco de Desenvolvimento da Bahia no segundo governo de Antônio Carlos Magalhães e a Secretaria de Planejamento no governo de João Durval Carneiro. Filiado ao PFL, foi eleito deputado federal em 1986 e 1990 tendo que se afastar da Câmara dos Deputados para voltar à Secretaria de Planejamento no terceiro governo Antônio Carlos Magalhães.[10]
Dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. Sete candidatos concorreram a duas vagas no Senado. O total de votos válidos foi 5.156.380 (73,33%).
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, houve 2.907.863 votos nominais (56,39%), 945.473 votos em branco (18,33%) e 1.303.424 votos nulos (25,28%), resultando no comparecimento de 5.156.766 eleitores (73,34%).
Representação eleita PFL: 16 PMDB: 6 PSDB: 4 PDT: 3 PL: 2 PSB: 2 PT: 2 PP: 1 PTB: 1 PPR: 1 PCdoB: 1
Representação eleita
Estavam em jogo 63 vagas na Assembleia Legislativa da Bahia.
Representação eleita PFL: 19 PMDB: 9 PL: 7 PSDB: 7 PT: 5 PDT: 4 PTB: 4 PP: 3 PPR: 2 PSB: 1 PCdoB: 1 PMN: 1
Fonteː
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