Na mitologia grega, as dríades (em grego: Δρυάδες, Dryádes, de δρῦς, drýs, "carvalho") eram ninfas associadas aos carvalhos.[1] As ninfas de outras árvores são chamadas de hamadríades. De acordo com uma antiga lenda, cada dríade nascia junto com uma determinada árvore, da qual ela exalava. A dríade vivia na árvore ou próxima a ela. Quando a sua árvore era cortada ou morta, a divindade também morria. Os deuses frequentemente puniam quem destruía tal árvore.
A palavra dríade é também usada num sentido geral para as ninfas que viviam na floresta, embora as alseídes também sejam ninfas associadas aos bosques e florestas.[2][3]
Na mitologia romana, havia ninfas dos bosques de carvalho, chamadas querquetulanas (querquetulanae) ou querquetulanaevirae (mulheres do bosque de carvalho),[4] sendo portanto assemelhadas às dríades gregas, embora suas origens remotas[5] sugiram que se trate de um mito originariamente romano, e não de uma incorporação grega. Tais ninfas eram responsáveis por produzir o crescimento das folhagens dessas árvores.[4] Seu nome deriva do termo latino para carvalhal, querquetum, que por sua vez deriva da palavra quercum, carvalho.[6] De acordo com Festo, acreditava-se que em Roma já houvera um carvalhal dentro da cidade, na entrada da Porta Querquetulana, situada na Muralha Serviana;[7] era o bosque sagrado das querquetulanas, cujo reverdescer anual era efetuado por elas.[8]
Na série de livros As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis, bem como em suas adaptações para o cinema, as dríades vivem na floresta narniana, assim como os faunos, com quem dançam em alegres noites de canções, segundo o relato do fauno Sr. Tumnus;[21] no filme Príncipe Caspian, o segundo da série, aparecem sob a forma de silhuetas formadas por folhas rosadas ao vento, saudando os irmãos Pevensie através de graciosos acenos.[22]
Também são mencionadas ao longo do livro Anne de Green Gables: na imaginação da personagem principal, elas fazem parte da floresta encantada próxima à casa da família.
↑ abQuerquetulanae virae putantur significari nymphae praesidentes querqueto virescenti, quod genus silvae iudicant fuisse intra portam, quae ab edo dicta sit Querquetularia: Festus-Paulus p. 314 in the edition of Lindsay.
↑Isidoro de Sevilha, Etymologiae 11.2.21; Carlin A. Barton, Roman Honor: The Fire in the Bones (University of California Press, 2001), p. 42, nota 44; ver também Isidoro 11.2.23 and 12.1.32, e Sérvio, nota sobre Bucólicas 3.30.
↑Moralejo, Juan J. "Labiovelares en material galaico y lusitano". In: Callaica Nomina: Estudios de Onomástica Gallega. Biblioteca Filolóxica Galega. Fundación Pedro Barrié de la Maza, D.L. 2007. pp. 219.
↑Lawrence Richardson, A New Topographical Dictionary of Ancient Rome (Johns Hopkins University Press, 1992), p. 263.