Nota: Se procura pelo satélite do planeta-anão Plutão, consulte Caronte (satélite).
Na mitologia grega, Caronte (em grego: Χάρων, transl.: Chárōn) é o barqueiro de Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo ou dânaca, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga.[1] Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos.[2]
Caronte era filho de Nix (a Noite) e Érebo (a Escuridão). Era também irmão de Hipnos (o Sono) e Tânatos (a Morte).
No mitema da catábase, ou descida ao mundo dos mortos, alguns heróis — como Héracles, Orfeu, Enéas, Dioniso e Psiquê — conseguem viajar até o mundo inferior e retornar ainda vivos, trazidos pela barca de Caronte.
Referências
↑Nunca nos olhos; todas as fontes literárias especificam a boca. Calímaco, Hécale, fragmento 278 in R. Pfeiffer, Callimachus (Oxford UP, 1949), vol. 2, p. 262; ordenado atualmente como fragmento 99 por A.S.D. Hollis, em sua edição Callimachus: Hecale (Clarendon Press, Oxford 1990), pp. 284f., do Suidas, tradução para o inglês online, especificando a boca, bem como Etymologicum Graecum ("Danakes"). Ver também Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, verbete "Charon"online, embora as evidências arqueológicas desmintam a afirmação de Smith de que todo cadáver recebia uma moeda; ver o artigo sobre o óbolo de Caronte.