Zagreu (grego Ζαγρεύς, Zagreús) é um deus da religião órfica, possivelmente de origem frígia, cujo culto começou por volta do século VI a.C..[1] Píndaro faz alusões a Zagreu, mas quem primeiro conectou Zagreu à mitologia grega foi Nono de Panópolis.[1] Zagreu é um deus filho de Zeus e Deméter, bem como irmão de Perséfone.
Zagreu em Mistérios de Elêusis
A procissão também gritava "Íakch', O Íakche!", possivelmente um epíteto de Zagreu, ou de uma divindade separada, Iacchus, filho de Deméter.
Outras versões
Zagreu é um avatar de Dioniso, uma reencarnação do deus do vinho. Filho de Zeus com Deméter, Zeus pretendia que Zagreus o substituísse no trono do Olimpo. Hera, infeliz de ter que deixar sua condição de rainha dos deuses, ordenou que os Titãs o destruíssem . Ele se transformou num touro para fugir, mas foi pego, destroçado, cozinhado e devorado pelos seus inimigos. Zeus interveio aos gritos, dispersando os titãs com seus raios, salvando o coração do jovem que ainda pulsava. O coração de Zagreus foi dado à mortal Sêmele comer, de onde nasceria o filho entre Zeus e da princesa, o jovem Dioniso, deus do vinho. Conta-se que das lágrimas do jovem deus foi criada a humanidade.
Na mitologia grega, Zagreu é visto algumas vezes como uma divindade independente. Seria filho de Perséfone e Hades (Plutão em romano) ou ainda de Zeus e Deméter.
Zagreu na Dionísica de Nono de Panópolis
Zagreu é um filho de Zeus e Perséfone, esposa do seu irmão Hades.[2] Zeus violou Perséfone quando ela ainda era virgem, na forma de uma cobra[2] ou de um dragão.[3]
Zagreu nasceu com chifres, e logo subiu ao Olimpo, pegando os raios de Zeus.[3] Hera, porém, cheia de ressentimento, ordenou que os Titãs o destruíssem.[4] Ele se transformou num touro para fugir, mas foi pego e destroçado pelos seus inimigos.[4]
Árvore Genealógica
Referências
- ↑ a b H. D. Rouse, notas do tradutor da Dionísica, de Nono de Panópolis
- ↑ a b Nono de Panópolis, Dionísica, Livro V, 562-585
- ↑ a b Nono de Panópolis, Dionísica, Livro VI, 155-168
- ↑ a b Nono de Panópolis, Dionísica, Livro VI, 169-205