Considerado um dos melhores atores do cinema nacional e o artista que mais fez filmes no Brasil, Grey participou de 150 a 250 longas-metragens.
Biografia
Primeiros anos
Teve a vontade de ser ator desde cedo. Não obteve graduação na área, tendo diversas profissões antes de ingressar na carreira artística, como anotador do jogo do bicho e até entregador de refeição de prostitutas.[1][carece de fonte melhor]
Em 1942, Grey entrou para o Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno, após ter várias ocupações, algumas delas à margem da lei. Fazia trabalhos administrativos no teatro durante o dia, e à noite figurava no elenco de Hamlet, em um pequeno papel de soldado, sem fala.[2]
Carreira
Cinema
Grey começou sua carreira cinematográfica em 1948, com Hóspedes da Noite, de Ugo Lombardi, e não parou mais.[3] Participou de vários filmes produzidos pela Atlântida, na época áurea das chanchadas, invariavelmente no papel de vilão, ao lado de José Lewgoy. Seu tipo franzino e sua voz bem característica faziam dele um ator perfeito para interpretar o malandro carioca, personagem recorrente do cinema brasileiro das décadas de 1940 e 1950.[4][2]
Após a estreia, atuou em dois filmes, em 1952, Amei Um Bicheiro e Carnaval Atlântica. E seguiu atuando em muitos filmes por ano, num período que o cinema era mais simples e fazer um grande número de gravações anuais era possível. Em 1953, fez mais dois longas, A Dupla do Barulho e Balança Mas Não Cai. Em 1954, dobrou o número, com quatro filmes, entre eles O Petróleo é Nosso.. Em 1955, fez mais cinco, incluindo Chico Viola Não Morreu. Seguiu com vários filmes por ano, chegando a sete em 1958, recorde que seria batido em 1970, quando fez oito filmes, repetindo os sete de 1958 em 1971. Bateria mais uma vez o recorde em 1975, quando fez nada mais que doze filmes em um ano. Entre os anos 1950 e 1970, manteve a média de dois filmes por ano, com anos que passava de quatro ou cinco filmes.[2]
Fontes afirmam que contracenou em entre 150 e 250 filmes.[5][6] Também considerava que seu recorde era mundial, mas a imprensa norte-americana especializada sempre o atribuía a um ator da Índia.[2] De acordo com a Folha de S.Paulo, "Este rol mostra a importância que o próprio Grey hasteava, dizendo ser o "recordista mundial em participações em filmes". Podia ser verdade, mas o fato é que sempre foi o ator coadjuvante, o pano-de-fundo da trama, lembrado pelo público, sim, mas sempre atrás de Oscarito e Anselmo Duarte, por exemplo."[7] Entretanto, em 1982, Wilson Grey faz seu primeiro papel principal, o professor Expedito Vitus em O Segredo da Múmia, com o qual ganhou o Candango de Melhor Ator, no Festival de Brasília.[8][9]