Ao final do século XIX, quando nasciam os bairros tradicionais de Catete e Botafogo, a região do bairro era uma planície selvagem de plantas rasteiras em meio a areia, tal qual é, ainda hoje, o bairro de Grumari. A localidade recebeu o nome de São Conrado devido à igreja homônima, construída em 1903 por Conrado Jacob Niemeyer[6] para ser frequentada pelas famílias abastadas que haviam começado a residir em chácaras da região.
São Conrado foi o resultado da criação de uma estrada pelo professor Charles Armstrong em 1912. O mestre objetivava facilitar o acesso à escola em que lecionava, situada na Chácara do Vidigal.[7] A partir de então, todo o Jardim da Gávea começou a sediar circuitos de rua de duas extintas corridas anuais de cavalos e de carros até o fim dos anos 1920. Em 1919, a via foi alargada, prolongada e nomeada Avenida Niemeyer devido ao comendador Conrado Jacob Niemeyer, dono das terras que formariam o futuro bairro.[7]
Através do loteamento das propriedades de Conrado Jacob Niemeyer, ao longo dos anos 1920 e 1930, o novo bairro de chalés e palacetes emancipou-se da Gávea.[6] Entretanto, assim como este, São Conrado sofreu uma verticalização nos anos 1960 devido à construção da autoestrada Lagoa-Barra e ao alargamento de suas principais vias, ganhando, então, seu atual aspecto urbanístico.
Atualidade
É um dos bairros mais luxuosos da cidade, dominado por edifícios residenciais de classe alta, como o Condomínio Edifício Praia Guinle e condomínios de mansões em meio às montanhas vizinhas. Conta com estabelecimentos voltados à classe alta, como o shoppingSão Conrado Fashion Mall[8] e o Gavea Golf & Country Club.[8] Ao mesmo tempo, apresenta extrema desigualdade social, pois limita-se com a Rocinha e Vila Canoas.[8] A Sociedade Civil é representada pela AMASCO (Associação dos Moradores e Amigos de São Conrado), que faz um importante trabalho de mobilização dos moradores frente aos órgãos públicos.