Occitânia provém do latim medievalOccitania. O prefixo Occ-, surge do occitano òc (sim) e da expressão francesa langue d'oc, em italiano lingua d'oc. A designação foi popularizada por Dante em De Vulgari Eloquentia, onde escreve
"alguns dizem òc, outros sì, outros ainda dizem oïl"
Original {{{{{língua}}}}}: "nam alii oc, alii si, alii vero dicunt oil"
Quando do domínio romano (após 355), a maioria da Occitânia era conhecida por Aquitânia, uma parte das Sete Províncias que, por sua vez, se inseria na Província Romana (atual Provença), enquanto que as províncias setentrionais daquilo que é hoje a França eram conhecidas por Gália. Gália Aquitânia (ou Aquitanica) foi também usado desde a Idade Média para fazer referência à Occitânia (Limusino, Auvérnia, Línguadoc e Gasconha), e mais tarde (a partir do século VI) também à Provença. Assim, deve ser notada a diferença entre o histórico Ducado da Aquitânia e a região administrativa moderna. Os nomes "Occitania" e "Língua Occitana" (Occitana Lingua) aparecem em textos latinos a partir de 1242-1254[5] até 1290[6] e durante os anos subsequentes do início do século XIV. Existem também textos que designam o território indiretamente através do termo Patria Linguæ Occitanæ ("pátria da língua occitana").[7]
Embora a língua natural do país seja o occitano (fragmentado em meia dúzia de dialetos diferentes), estima-se que apenas 4 milhões de occitanos (16% da população) tenham este idioma como materno.
A progressiva substituição do occitano pelo francês começou no século XVIII e continua na actualidade, já que as crianças da Occitânia não podem ser escolarizadas nesta língua. Contudo, existe uma rede de escolas associativas, as calandretas, que seguem um modelo similar ao das ikastolak bascas e dos divan bretões.
↑Zimmermann, Michel (1992). Les sociétés méridionales autour de l'an mil , répertoire des sources et documents commentés. Paris: CNRS éditions. ISBN2222047153
↑Frederic Mistral, Lo Tresor dóu Felibrige (1878–1886), vol. II, p. 1171:
«Les textes abondent qui montrent l'origine française ou ecclésiastique des expressions lingua occitana et Occitania. Le pape Innocent IV (1242–1254), un des premiers parle de Occitania dans ses lettres; les commissaires de Philippe le Bel qui rédigèrent l'arrêt sanè des coûtumes de Toulouse se déclarent Ad partes linguae occitanae pro reformatione patriae designati et stipulent que leur règlement est valable in tota lingua occitaniae.»
↑Robèrt LAFONT (1986) "La nominacion indirècta dels païses", Revue des langues romanes nº2, tome XC, pp. 161–171