O Gene Egoísta (no original em inglês The Selfish Gene - 1976) é o primeiro livro de Richard Dawkins, em que ele apresenta uma teoria que procura explicar a evolução das espécies na perspectiva do gene e não do organismo, ou da espécie.[2]
Contexto
Segundo Dawkins, o organismo é apenas uma "máquina de sobrevivência" do gene, cujo objetivo é a sua auto-replicação, a espécie na qual ele existe é a "máquina" mais adequada a essa perpetuação. Analisando o comportamento de algumas espécies animais, Dawkins explica que o altruísmo que se observa em muitas espécies não é contraditório com o egoísmo do gene, mas contribui para a sua sobrevivência.
Segundo alguns, a teoria lançada por Dawkins pode ser interpretada como uma afirmação do liberalismo (do egoísmo como característica fundamental dos seres vivos, onde o altruísmo, quando existe, é apenas uma forma de perpetuar o indivíduo).[3]
Neste livro, Dawkins reformula igualmente o conceito de meme, ou seja, o equivalente cultural do gene, a unidade básica da memória ou do conhecimento, que o ser humano transfere conscientemente para os seus descendentes.
Steven Rose afirma no livro "Not in Our Genes" que essa visão é reducionista, e também critica a psicologia evolutiva e o determinismo biológico contido nas ideias de Dawkins.[carece de fontes?]Steven Pinker considera que o livro deturpa as ideias de Dawkins e Edward O. Wilson, falsamente atribuindo crenças ridículas a eles.[5]
Prêmios e reconhecimentos
Em abril de 2016, Robert McCrum posicionou O Gene Egoísta em décimo lugar na lista dos 100 melhores livros de não-ficção.[6]