Os escritores macrobióticos geralmente alegam que a dieta é útil para pessoas com câncer e outras doenças crônicas, apesar de não existirem boas evidências científicas para suportar essas recomendações, além da dieta poder ser danosa.[2][3][1][4] Estudos que indicam resultados positivos são de baixa qualidade metodológica.[1] A American Cancer Society e a Cancer Research UK não recomendam a adoção da dieta.[5][4] Sugestões que uma dieta macrobiótica melhora a doença cardiovascular e a diabetes são explicadas com base no fato de a dieta ser, em parte, consistente com dietas baseadas em evidências científicas para a prevenção de doenças.[1]
O japonêsGeorge Ohsawa (1893-1966) é o principal responsável pela divulgação dessa cultura no ocidente. Promotores desta dieta preconizam que o alimento principal para os seres humanos são os cereais integrais, originalmente sua base principal era arroz integral e água. Mais recentemente a dieta macrobiótica passou a incorporar outros grãos, frutos do mar, nozes, legumes e verduras frescas.[6][7]
Etimologia
"Macrobiótica" deriva do termo gregomakro (grande) e bios (vida).[7]
Macrobiótica no Brasil
Flávio Santin Zanatta e Tomio Kikuchi, discípulos de George Ohsawa, foram os primeiros a difundir a macrobiótica no Brasil. Zanatta criou a Associação Macrobiótica do Rio de Janeiro e publicou, em 1967, o livro do professor George Ohsawa "A Filosofia da Medicina Ocidental - macrobiótica zen".[8]
Macrobiótica em Portugal
Um dos fundadores e diretor do Instituto Macrobiótico de Portugal foi Francisco Varatojo autor de várias obras, a última das quais foi "Os alimentos também curam : como prevenir os problemas de saúde mais comuns através da macrobiótica" (Lisboa, Esfera dos Livros, 2015) .
Varatojo começou a estudar a Macrobiótica em 1977 e foi o fundador do Instituto Kushi, depois de ter estudado no Instituto Kushi de Boston, onde foi assistente pessoal de Michio Kushi que faleceu de cancro do pâncreas em 2014.[9]
↑ abcdLerman, R. H. (7 de dezembro de 2010). «The Macrobiotic Diet in Chronic Disease». Nutrition in Clinical Practice. 25 (6): 621–626. doi:10.1177/0884533610385704
↑Hübner J, Marienfeld S, Abbenhardt C, Ulrich CM, Löser C (novembro de 2012). «Krebs» [Quanto são úteis as dietas contra o câncer]. Dtsch. Med. Wochenschr. (em alemão). 137 (47): 2417–22. PMID23152069. doi:10.1055/s-0032-1327276
↑Russell J, Rovere A, eds. (2009). «Macrobiotic Diet». American Cancer Society Complete Guide to Complementary and Alternative Cancer Therapies 2nd ed. [S.l.]: American Cancer Society. pp. 638–642. ISBN9780944235713 !CS1 manut: Usa parâmetro editores (link)
↑VARATOJO, Francisco (2015). Os alimentos também curam : como prevenir e enfrentar os problemas de saúde mais comuns através da macrobiótica. [S.l.]: A Esfera dos Livros. 271 páginas
Bibliografia
Hübner, J.; Marienfeld, S.; Abbenhardt, C.; Ulrich, C.; Löser, C. (14 de novembro de 2012). «Wie sinnvoll sind „Krebsdiäten"?». DMW - Deutsche Medizinische Wochenschrift. 137 (47): 2417–2422. doi:10.1055/s-0032-1327276. Consultado em 23 de outubro de 2017. Arquivado do original em 24 de junho de 2017