O largo de São Francisco foi um dos pontos principais da cidade, da segunda metade do século XVIII até fins do século XIX e, a partir do século XX, um local de grande movimento do bairro da Região Central.
A construção deste templo foi iniciada em 1759 por iniciativa irmãos da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula e concluída em 1801. Ao longo de sua história sofreu diversas intervenções de conservação e restauração.
A igreja foi inaugurada em 7 de março de 1865, em solene te-déum, com a presença dos imperadores D. Pedro II e D. Teresa Cristina.
Características
As grandes portas de madeira da entrada foram entalhadas por Antônio de Pádua e Castro o qual, igualmente, acrescentou o pórtico neoclássico de mármore que emoldura a porta principal. O interior é revestido inteiramente de uma decoração de talha. Mestre Valentim foi o autor do altar-mor e da capela de Nossa Senhora da Vitória.
A decoração da nave central foi executada a partir de 1855, baseada no projeto do pintor Mário Bragaldi, num estilo neoclássico.
Enriquecem o seu acervo telas de Victor Meirelles, painéis de Manoel da Cunha, além de vitrais de procedência alemã e um bem trabalhado lavatório na sacristia em mosaico e mármore, com torneiras de bronze.
O órgão da igreja foi inaugurado pelo organista carioca Antônio Silva.
Bibliografia
BERGER, Paulo. Dicionário Histórico das Ruas do Rio de Janeiro. Olímpica Editora, 1974.
SEARA, Berenice. Guia de Roteiros do Rio Antigo. Prol Editora, 2004.
GONÇALVES, Fernando; COUTINHO, Marcos. Caritatis splendor: a apoteose de São Francisco de Paula na Igreja da Venerável Ordem Terceira dos Mínimos, Rio de Janeiro, séc. XIX. RevistaRocalha (UFSJ), v. 2, n.2, p. 13–40, 2021. Disponivel em: http://seer.ufsj.edu.br/rocalha/article/view/4919.