Os preços dos ingressos para a Cerimônia de Abertura estavam programados para serem comercializados entre ¥12 000 e ¥300 000.[3][4]
Preparações
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio (TOCOG) deu o primeiro relatório das preparações em dezembro de 2017, com a liberação do documento de "políticas básicas" para as cerimônias olímpicas e paralímpicas.[5] O documento foi baseado em respostas de especialistas e em opiniões do público japonês e inclui os elementos fundamentais para o posicionamento e conceito geral de quatro cerimônias. A cerimônia de abertura olímpica irá introduzir os temas e conceitos de quatro cerimônias, incluindo paz, coexistência, reconstrução, o futuro, Japão e Tóquio, os atletas e envolvimento.[6]
Em julho, Mansai Nomura, um ator no teatro japonês tradicional, foi anunciado como o Diretor Chefe Criativo das cerimônias de abertura e de encerramento.[7][8] Em dezembro de 2020, Normura saiu do papel e se tornou um orientador, com Hiroshi Sasaki sendo nomeado o novo Diretor Chefe Criativo das cerimônias de Tóquio.[9] Em março de 2021, Sasaki renuncionou após fazer um comentário depreciativo sobre a comediante e ícone fashion japonesa Naomi Watanabe.[10][11] As notícias vieram um mês após Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, renunciou após comentários depreciativos feitos sobre membros mulheres do comitê.
Balich declarou que a crise da Covid-19 será mencionada em algum momento durante a cerimônia de abertura, devido à sua significância para os Jogos.[20] Em dezembro de 2020, quando Sasaki foi nomeado o novo Diretor Chefe Criativo para as cerimônias, ele apontou que os planos anteriores foram apagados, já que foram considerados muito extravagantes, o que sugeriu que seriam simplificados e reduzidos conforme as expectativas do público.[9]
Durante as conversas para a organização no fim de 2020, as preocupações cresceram sobre se os atletas poderiam comparecer à cerimônia de abertura. Em novembro de 2020, os organizadores decidiram que não haveria limite de atletas na cerimônia se eles desejarem participar, mas haverá um máximo de seis oficiais para cada delegação.[21]
Com a extensão do estado de emergência em Tóquio, ficou decidido que o evento será realizado com acesso restrito ao público, tendo apenas a presença de dirigentes esportivos, jornalistas e convidados no evento.[22]
Procedimentos
Muitas sequências da cerimônia foram pré-gravadas.[23]
No dia da cerimônia, houve um voo de exibição da Blue Impulse, esquadrão de acrobacias da Força Aérea Japonesa de Auto-Defesa. O esquadrão desenhou os anéis olímpicos nos céus de Tóquio, marcando o 57º aniversário dos Jogos de 1964 pela primeira vez em Tóquio.
Médicos e enfermeiros foram homenageados durante toda a cerimônia, além de participarem dos momentos protocolares.
Um minuto de silêncio foi feito para aqueles que morreram de Covid, mas também incluiu um minuto de silêncio para as vítimas do massacre de Munique de 1972.
Um vídeo pré-gravado foi mostrado de Muhammad Yunus recebendo o prêmio Olímpico Laurel.
A declaração de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, limitada a uma declaração prescrita de cerca de 17 palavras, estabelecida na Carta Olímpica, foi feita pelo Imperador Naruhito. Kyodo News citou uma fonte confirmando que o imperador estaria presente. Ele foi o terceiro imperador japonês a abrir uma Olimpíada, seguindo seu avô, o imperador Hirohito (verão de 1964 e as Olimpíadas de inverno de 1972) e seu pai, o imperador Akihito (Jogos Olímpicos de inverno de 1998). Ele também é o patrono honorário dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020.
A cerimônia contou com música de Seigen Tokuzawa, Marihiko Hara e Masayuki Kagei. No entanto, a música da popular série de videogames japoneses também foi usada no desfile das nações, incluindo Dragon Quest, Sonic the Hedgehog, Kingdom Hearts, Final Fantasy e muito mais.
Cinco fatos inusitados chamaram a atenção do público que acompanhava a cerimônia na televisão e na internet: a delegação da Argentina entrou completamente animada no estádio, fato esse também visto nas delegações de Gana e Portugal. O atleta de taekwondo Pita Taufatofua foi novamente o porta-bandeira de Tonga, repetindo a mesma performance da Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 ao desfilar sem camisa e besuntado. Mesmo sem a presença dos atletas que anunciaram desistência por conta da COVID-19, houve o desfile da bandeira do Guiné, carregada por um voluntário. Os brasileiros Bruno Rezende e Ketleyn Quadros fizeram passos de samba no desfile e imitaram os porta-bandeira do carnaval.[24] As delegações do Quirguistão e Tajiquistão, ao contrário das demais, desfilaram completamente sem máscara, levantando críticas. O porta-bandeira do Paquistão também desfilou sem máscara.[25]
A Rússia, sob o nome de Atletas Olímpicos da Rússia, desfilou sob a bandeira olímpica, cumprindo a suspensão por dois anos por irregularidades no exame antidoping.
1.824 drones com LED iluminaram os céus do Estádio Olímpico com a formação do logotipo dos Jogos Olímpicos e o planeta terra, com destaque ao mapa da Asia.[26]
Imagine já apareceu em outras cerimônias olímpicas, incluindo a cerimônia de encerramento de 1996, a cerimônia de abertura de 2006, a cerimônia de encerramento de 2012 e a cerimônia de abertura de 2018.
Um grupo de humor do Japão satirizou uma equipe de reportagem mostrando toda a festa no Estádio, fato que foi visto como uma homenagem aos jornalistas.
Foi exibida uma esquete de um ator japonês imitando um controle mestre, que iluminava o estádio, os locais de competição e a cidade inteira.
A dupla de comédia HIRO-PON dirigiu a sequência de pictogramas.
No Rio de Janeiro, sede anterior dos Jogos Olímpicos, a tocha voltou a ser acesa na Igreja da Candelária, na véspera da cerimônia de abertura dos atuais Jogos Olímpicos, ficando acesa até o fim do evento.[28]
Os atletas entraram no estádio em uma ordem ditada pela tradição olímpica. Como o país de origem das Olimpíadas, a Grécia entrará primeiro. As outras delegação entraram em ordem katakana, baseado nos nomes das nações na língua japonesa, a primeira vez em que isso ocorrerá, já que a língua inglesa foi utilizada nas edições anteriores no Japão.[29] Seguindo a tradição, a delegação do país-sede, Japão, entrará por último.
A Equipe Olímpica de Refugiados, composta por refugiados de diversas nações, foi a segunda nação a entrar, após a Grécia. Pela primeira vez na cerimônia de abertura, as nações que sediarão as próximas duas edições, em 2024 e 2028, França e Estados Unidos, marcharam antes do país-sede, em vez de entrarem na 153ª posição (entre Brasil e Bulgária) e na 6ª posição (entre Afeganistão e Samoa Americana), respectivamente, de acordo com a ordem alfabética japonesa.[30]
Os nomes das nações foram anunciados em francês, seguido por inglês e japonês, as línguas oficiais do movimento olímpico e do país-sede, de acordo com as regras tradicionais do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O Estádio Nacional do Japão é a sede da cerimônia de abertura. A demolição do Estádio Olímpico de Tóquio foi completada em maio de 2015. A construção do novo estádio começou em 11 de dezembro de 2016. O estádio foi entregue ao COI em 30 de novembro de 2019 para os preparativos. A capacidade durante os Jogos será de 60.102, incluindo as áreas executiva e de mídia.[52]
Chama olímpica
Em dezembro de 2018, os organizadores relataram que, embora a pira olímpica esteja programada para ser acesa e extinta no estádio, a chama será acesa e transferida por uma pira pública (seguindo o exemplo de 2010 e 2016) para a beira-rio de Tóquio enquanto os Jogos estiverem em progresso, sendo transferida novamente para o Novo Estádio Nacional para a cerimônia de encerramento. Os organizadores citaram "dificuldades físicas" em manter a chama no Novo Estádio Nacional.[53]