O Campo de extermínio de Bernburg foi um campo de extermínio usado no regime nazista. Foi instalado na pequena cidade alemã de Bernburg (como seu nome já sugere) em um hospital psiquiátrico.
História
Em outubro de 1939 o campo de extermínio nazista de Bernburg inicia sua atividade, porém, inicia-se como um centro de extermínio, e mais tarde evoluiria para um campo de extermínio. Este campo, quando era apenas um pequeno centro de extermínio, possuía apenas uma câmara de gás no subsolo do hospital psiquiátrico onde ficava. Os alemães deficientes física e mentalmente eram visitados em asilos e hospitais por soldadosnazistas disfarçados de consultores, e que também faziam parte do programa de eutanásiaAktion T4. Eles visitavam, como já dito, asilos e hospitais e escolhiam quem deveria morrer. Os pacientes selecionados eram enviados para uma das seis instalações que executavam o programa de eutanásia: Bernburg, Brandemburgo, Grafeneck, Hadamar, Hartheim e Sonnenstein, onde eram executados em câmaras de gás que usavam o monóxido de carbono para sufocá-los. Mais tarde o monóxido de carbono seria trocado pelo gás cloro nas execuções.
Evolução
No dia 27 de janeiro de 1942, exatamente uma semana após a Conferência de Wannsee, o centro de extermínio de Bernburg foi evoluído para um campo de extermínio. O hospital psiquiátrico foi fechado, e seus pacientes liberados depois de protestos na Alemanha contra o extermínio de deficientes alemães. Agora como campo de extermínio, Bernburg sofreu mudanças, dentre elas, a troca do gás para a execução. O Gás cloro que foi sendo usado desde o final de 1940, foi trocado pelo Zyklon B, o gás cianídrico. Além disso, novos métodos de execução foram sendo usados no campo, como por exemplo a cadeira elétrica, o fuzilamento e também uma câmara de banho ácido. Fornos crematórios também foram instalados para cremar os corpos das vítimas.
Uma vítima do gaseamento em Bernburg bastante conhecida é Olga Benário, judia comunista alemã, casada civilmente com o dirigente comunista brasileiroLuís Carlos Prestes. Olga ficou presa no campo de concentração de Ravensbrück de 1939 até 1942, e foi transferida para Bernburg quando este já era um campo de extermínio, e foi assassinada na câmara de gás em 23 de abril de 1942 com mais 199 prisioneiras, dentre elas suas amigas Sarah Fidermann, Hannah Karpow, Tilde Klose, Irena Langer e Rosa Menzer.