O Campeonato Guaraviton Carioca de Futebol de 2015 (também conhecido como Cariocão Guaraviton 2015 por questões de patrocínio) foi a 118.ª edição da principal divisão do futebol no Rio de Janeiro. A disputa foi organizada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Os quatro primeiros colocados disputaram a Copa do Brasil de 2016.
Assim como a edição anterior, esta edição foi disputada em turno único, em três fases: fase classificatória (Taça Guanabara), semifinal e final. As equipes fizeram parte de um grupo único, jogando no sistema de todos contra todos em 15 rodadas, classificando-se para as semifinais as quatro primeiras colocadas.[1]
No ano de 2015, o troféu de campeão do torneio recebeu o título de "Troféu Tupi 80 Anos", em comemoração ao aniversário da emissora de rádio carioca.[2]
Para o desempate entre duas ou mais equipes segue-se a ordem definida abaixo:[1]
Para ler a tabela, a linha horizontal representa os jogos da equipe como mandante. A coluna vertical indica os jogos da equipe como visitante. A tabela da competição foi divulgada pela FERJ, em 26 de agosto de 2014.[5]
Clubes que lideraram o campeonato ao final de cada rodada:
Clubes que ficaram na última posição do campeonato ao final de cada rodada:
O Torneio Super Clássicos foi disputado entre os quatro grandes clubes do Campeonato e contabilizadas apenas as partidas entre eles durante a Taça Guanabara e excluindo-se, caso ocorressem, as partidas semifinais e finais.[1]
A Taça Rio foi disputada entre as demais equipes e contabilizadas as partidas que não envolviam a participação dos quatro grandes clubes do Campeonato durante o turno único, excluindo-se, caso ocorressem, as partidas semifinais e finais do turno.[1]
Em 25 de março, na 12.ª rodada, o Madureira conquistou o título da Taça Rio de 2015 — seu segundo título da Taça — ao empatar em 1–1 com o Bonsucesso.[6]
A classificação final:[7]
Em itálico, as equipes que jogaram pelo empate, por ter melhor campanha na fase de grupos (1º e 2º colocados).[1]
Esses são os maiores públicos do Campeonato:
Para a definição da classificação geral, excluem-se os pontos obtidos nas fases semifinal e final do turno único. Ao final do campeonato, o campeão e o vice-campeão ocuparam a primeira e segunda colocações independente do número de pontos. O 3º e 4º serão os outros dois semifinalistas, sendo a posição entre eles definidas pela classificação na fase de grupos. Caso duas ou mais equipes empatem nas posições finais em número de pontos, são disputadas partidas extras, em campo neutro, de ida e volta, para definição dos rebaixados.[1]
Com a redução do número de participantes no Campeonato Carioca de 2016 de 16 para 14 equipes, os dez primeiros colocados se classificam automaticamente para a Série A do ano seguinte, ao lado do campeão da Série B de 2015. Os dois últimos colocados são automaticamente rebaixados para a Série B de 2016 e as quatro equipes restantes disputam a Seletiva juntamente com o vice-campeão da Série B de 2015 para definir os três últimos participantes.[38][39] Porém, em agosto de 2015, sem a participação de Flamengo e Fluminense, a entidade aprovou um regulamento diferente: o número de 16 participantes é mantido rebaixando apenas o Nova Iguaçu e o Barra Mansa, mas o formato da competição muda em 2016.[40]
Conforme o regulamento, se duas ou mais equipes empatassem nas posições finais em número de pontos, seriam disputadas partidas extras, em campo neutro, de ida e volta, para definição dos rebaixados.[1] Com oito pontos ganhos, Boavista-RJ e Nova Iguaçu fizeram o play-off para definir o clube rebaixado para a Segunda Divisão de 2016.
Em 13 de abril, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/RJ) acolheu o pedido de efeito suspensivo do Barra Mansa. Assim, as partidas do "Grupo X" foram suspensas.[43] Três dias depois, porém, o Pleno do TJD julgou o caso novamente e manteve a punição ao Barra Mansa.[42] Tão logo, a FERJ definiu novas datas para os confrontos.[44] Em junho, o STJD negou o recurso e confirmou, de maneira definitiva, o rebaixamento do Barra Mansa.[45]
Assim como nos anos anteriores, a Rede Globo e o SporTV detêm os direitos de transmissão do torneio. Na TV aberta, além da Globo, foi sub-licenciada a Rede Bandeirantes, que transmite as mesmas partidas e/ou os mesmos horários em cada rodada.[46]
A novidade fica por conta dos assinantes de TV por assinatura. Devido ao alto crescimento da concorrência (em especial, as emissoras FOX Sports[47] e Esporte Interativo[48]), o SporTV, além da transmissão em pay-per-view pelo Premiere, passa a transmitir em sinal fechado, uma partida ao vivo por rodada (em paralelo com o Campeonato Paulista), além das partidas em VT.[49]
O artigo 133 do Regulamento Geral de Competições da FERJ proibiu jogadores, técnicos e membros da diretoria dos clubes de criticarem a organização do Campeonato Carioca e de outras competições mantidas pela entidade. Em caso de desrespeito, o clube do profissional que fez a crítica seria multado em R$ 50 mil. O regulamento, que ficou conhecido como “Lei da Mordaça”, determinava ainda que a multa seria dobrada a cada nova crítica. A punição seria reduzida à metade se o presidente da agremiação publicasse, em até 48 horas, um desmentido em seu site oficial.[50] Esta medida gerou polêmica assim que se tornou pública.[51]
Em 19 de fevereiro, a Justiça do Rio suspendeu a vigência da regra. O juiz Marcello Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, concedeu liminar a pedido do defensor público Eduardo Chow, que afirmou que o dispositivo representava uma violação à "liberdade de expressão" e aos "direitos humanos". Rubioli afirmou, porém, que se coubesse ao STJD ou ao TJD arbitrar a multa, não haveria tal violação. A FERJ informou, através de sua assessoria de imprensa, que não pretendia recorrer da decisão e que iria cumprir a liminar.[52]
Segundo reportagem do GloboEsporte.com, visando combater críticas de que o campeonato é deficitário e com baixo interesse do público, a FERJ utiliza-se de uma maquiagem nos borderôs (o que a reportagem chamou de "doping estatístico"), deixando de apontar prejuízos em jogos, passando a estampar lucro até em partidas de pouca torcida. A usual conta de arrecadação menos despesas passou a incluir, nos critérios da entidade, as cotas de transmissão de jogos. O artigo 11 do regulamento da competição deste ano obriga os clubes de menor investimento a lançarem no borderô como ingressos utilizados 25% da capacidade liberada do local do jogo pelo Corpo de Bombeiros. Assim, em boa parte dos boletins financeiros das partidas entre clubes de menor investimento constam números redondos de ingressos, indicando que a carga solicitada de ingressos foi inteiramente lançada no documento.[53] Flamengo e Fluminense criticaram estas medidas, afirmando que impedem uma análise realista para melhorias do torneio e afetam o bolso das equipes menores.[54] Com a inclusão das cotas de TV nos borderôs, cada grande passa a ter lucro, por jogo, de R$ 311.333,33.[55] Porém, mesmo com essas medidas, até a 4ª rodada do campeonato, apenas Flamengo e Fluminense obtiveram lucro.[56]
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