Waldemar Lemos de Oliveira (Rio de Janeiro, 5 de junho de 1954) é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro.[1] Atualmente está sem clube.
Carreira como treinador
Waldemar Lemos iniciou sua carreira dirigindo o Mesquita no Campeonato Carioca de 1986.
Sua segunda experiência foi com as divisões de base da Seleção Brasileira, quando treinou os times sub-23, sub-17 e sub-20. O treinador também comandou o São Cristóvão e o Goytacaz.
Outra experiência profissional foi com a equipe B do Fluminense no polêmico Campeonato Carioca de 2002, enquanto seu irmão, Oswaldo de Oliveira, comandava a equipe principal do Tricolor no Torneio Rio-São Paulo daquele ano.
Flamengo
Em seguida, Waldemar teve duas passagens pelo Flamengo. Na primeira, de outubro a dezembro de 2003, sucedeu o próprio irmão Oswaldo, ao qual era então auxiliar.[2]
Nesta passagem como treinador interino, Waldemar assumiu o Flamengo em um momento de crise, devido a campanha ruim no Campeonato Brasileiro.[2]
Em pouco mais de dois meses de trabalho interino, Lemos deixou uma marca positiva. Pegou o Flamengo em dificuldades e comandou a reação que fez o time terminar o Brasileirão na 8ª colocação, a melhor desde 1997,[3] tendo subido quatro posições.[2][4]
Em 15 de novembro de 2003, foi campeão da amistosa Taça Desafio 50 anos da Petrobrás, contra o Racing Club, por 2 a 1, em Aracaju-SE.[3]
Em dezembro, a torcida já estava mais calma, e esperava-se a efetivação do técnico.[2]
Contudo, apesar do bom desempenho, Waldemar acabou seguindo o mesmo destino do irmão, e terminou o ano dispensado pela diretoria do clube. Deixou o clube com seis vitórias, três empates e duas derrotas em 11 jogos (um aproveitamento de 63,64%).[2]
O segundo comando de Lemos na Gávea aconteceu entre março e maio de 2006, quando o técnico levou a equipe rubro-negra à decisão da Copa do Brasil. Porém, apesar dos bons resultados no mata-mata, o time não estava bem no Brasileiro e,[3] antes da realização das finais da Copa do Brasil, o técnico foi substituído por Ney Franco,[5] o qual vinha do Ipatinga, time eliminado pelo Flamengo de Lemos na semifinal.[3] Na campanha, goleou o Guarani por 5 a 1 (ida, oitavas) e o Atlético-MG por 4 a 1 (ida, quartas).[3] Terminou a segunda passagem com oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas (18 jogos; aproveitamento de 53,70%).[3]
Coletiva de anúncio
Em 14 de outubro de 2003, após o anúncio de sua contratação pelo diretor Eduardo Moraes, que estava ao lado do presidente Hélio Ferraz, torcedores presentes receberam a notícia com insatisfação e até xingamentos contra os dirigentes.[2][4] A frase "O novo técnico do Flamengo é o senhor Waldemar", dita por Moraes, seguida imediatamente por protestos e pedidos de "fora, Waldemar", virou meme nas redes sociais anos depois, sendo relembrada quando o clube demite um treinador e fica à procura de outro.[6][7] Em edição do Bate-Bola, João Carlos Albuquerque pediu à direção que colocasse as gravações do momento no ar.[8]
20 anos após o ocorrido, em outubro de 2023, a ESPN lançaria a série documental “Por que Waldemar? Eis a Questão do Futebol Brasileiro”, que parte da história do episódio para debater a gestão do futebol nacional. A pergunta presente no título foi feita na ocasião pelo repórter da ESPN Cícero Mello.[9][10]
Figueirense
Depois do Flamengo, Waldemar comandou o Figueirense durante o Campeonato Brasileiro de 2006,[11] tendo contribuído para que o clube catarinense terminasse em sétimo lugar.
Cabofriense
Em 2007, Lemos iniciou o ano à frente da Cabofriense, para a disputa do Campeonato Carioca daquele ano. Novamente, mostrou sua capacidade de dar um padrão de jogo eficiente ao seu time e, com isso, levou o modesto time da Região dos Lagos à final da Taça Rio de 2007.
Paulista
Terminado o Campeonato Carioca, passou a treinar o Paulista, na disputa da Série B, ainda em 2007. Dessa vez, porém, acabou não tendo sucesso, tendo sido demitido na metade da pífia campanha do time de Jundiaí, que acabou o ano rebaixado para a Série C do ano seguinte.
Joinville
Em 2008, assumiu o comando do Joinville, para a disputa do Campeonato Catarinense que se aproximava[12][13] e, no segundo semestre, foi para o Harbour View,[14] time da Jamaica.
Náutico
No dia 29 de março de 2009, foi anunciado pelo Náutico[15] como seu novo treinador. Comandou o Timbu em onze partidas, com aproveitamento de 48,5% (quatro vitórias, quatro empates e três derrotas).
Athletico Paranaense
Em seguida, o treinador foi anunciado no dia 9 de junho de 2009 pelo Atlético Paranaense,[16] mas pediu demissão do clube no dia 29 de julho do mesmo ano.
Pohang Steelers
No dia 6 de novembro de 2009, foi anunciado como novo coordenador técnico do Departamento de Futebol do Resende,[17] mas desistiu e foi anunciado como novo comandante do sul-coreano Pohang Steelers,[18] onde comandou o time em 18 partidas (seis vitórias, quatro empates e oito derrotas).
Times do Rio de Janeiro
Em 25 de janeiro de 2011, foi anunciado como novo técnico da Cabofriense para o Campeonato Carioca. No entanto, após três derrotas em três jogos, foi demitido.
Pouco mais de um mês depois, acertou com o Duque de Caxias para assumir a vaga de Arthur Bernardes.[19] Fez boa campanha e ganhou a confiança dos torcedores tricolores, que queriam sua permanência para a disputa da Série B do Brasileirão, que estava prestes a começar.
Retorno ao Náutico
No dia 4 de maio de 2011, assumiu pela segunda vez a equipe do Náutico, dessa vez para a disputa da Série B. Faltando poucas rodadas para o término da competição, esteve próximo de levar a equipe novamente à elite do futebol brasileiro. O treinador coroou o bom trabalho com a conquista da Copa Pernambuco em dezembro, com o Timbu superando o rival Santa Cruz no quadrangular final.
No dia 19 de novembro, confirmando o favoritismo, acabou o campeonato na segunda posição, classificando o Timbu à Série A de 2012.
Já no dia 1 de dezembro, renovou seu contrato por mais um ano para continuar comandando a equipe do Náutico no Estadual, na Copa do Brasil e no Brasileirão. Para a temporada seguinte, além de se preocupar em comandar a equipe profissional nestas competições, o treinador também demonstrou estar preocupado em contribuir para a melhor estruturação nas divisões de base do clube. "Vamos seguir apostando na base. Não só na promoção de atletas ao profissional, como também em melhorias na estrutura",[20] afirmou Waldemar Lemos em entrevista coletiva na qual anunciou a sua renovação. "Teremos toda uma atenção com o CT, por exemplo, e vou participar disso".[21]
Durante a disputa do Campeonato Pernambucano de 2012, após perder para o Serra Talhada, nos Aflitos, chegando ao sexto jogo sem vitórias, a diretoria do Náutico anunciou a saída de Waldemar.[22]
Sport
Voltou a treinar um time pernambucano no dia 17 de agosto de 2012, como treinador do Sport, com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento, mantendo o clube na Série A do Brasileirão. E logo em sua primeira partida no comando do Leão da Ilha do Retiro, teve como adversário nada menos que o clube que deixara meses antes. No início da partida, cumprimentou praticamente todos os jogadores do Timbu, aos quais Waldemar dizia ter como filhos. Porém, o Clássico dos Clássicos acabou empatado sem gols.
Vila Nova
O treinador foi anunciado no dia 12 de maio de 2014 pelo Vila Nova,[23] onde obteve quatro derrotas seguidas.
Boavista
Foi contratado pelo Boavista no dia 20 de fevereiro de 2015, chegando para a sequência do Campeonato Carioca.[24] No entanto, o treinador foi demitido no dia 22 de março, após uma derrota por 4 a 0 para o Bonsucesso.[25]
Náutico (terceira passagem)
Em 8 de maio de 2017, após passagens pelo River-PI e Anápolis-GO, Waldemar foi contratado pelo Timbu para disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Em 14 de junho do mesmo ano, foi demitido após um mau início no torneio nacional.[26]
Altos-PI
No dia 13 de outubro de 2017, o Altos-PI anunciou Waldemar Lemos para comandar o clube em 2018, visando a montagem e preparação da equipe para a disputa da Copa do Brasil, do estadual e a Copa do Nordeste.[27]
Após uma derrota para o Bragantino na Copa do Brasil, Waldemar foi demitido do clube piauiense no dia 22 de fevereiro. O treinador teve um desempenho ruim na equipe, com apenas 37% de aproveitamento no comando.[28]
Anápolis
Ainda no fim de fevereiro, Waldemar Lemos acertou com o Anápolis para o restante do estadual. A equipe, que vinha de uma campanha ruim no Campeonato Goiano lutando contra o rebaixamento, somando apenas uma vitória em 10 partidas, anunciou o terceiro comandante em 2018. Com toda sua experiência e uma passagem positiva pelo Galo da Comarca em 2016, Waldemar chegou com bons números e confiança para reverter o estado que o Anápolis se encontrava.[29]
Capital
Em 18 de fevereiro de 2019, Waldemar foi contratado pelo Capital para o Campeonato Brasiliense, substituindo Rafael Toledo.[30]
Anapolina
Acertou com o Anapolina no dia 9 de abril de 2019, assumindo a equipe na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.[31]
Estatísticas
[carece de fontes]
Clube |
Jogos |
Vitórias |
Empates |
Derrotas
|
Fluminense |
11 |
3 |
3 |
5
|
Flamengo |
29 |
14 |
8 |
7
|
Náutico |
60 |
28 |
18 |
14
|
Sport |
10 |
3 |
4 |
3
|
Atlético-GO |
24 |
15 |
5 |
4
|
Remo |
12 |
4 |
4 |
4
|
Títulos como treinador
- Seleção Brasileira
- Fluminense
- Flamengo
- Náutico
Referências
Ligações externas