O Alto Tâmega e Barroso é uma sub-regiãoportuguesa situada no norte do país, pertencendo à região do Norte. Tem uma extensão total de 2.922 km2[1], 84.330 habitantes[2] em 2021 e uma densidade populacional de 28 habitantes por km2.
Está composta por seis municípios e 118 freguesias[3], sendo a cidade de Chaves a cidade administrativa e o principal núcleo urbano da sub-região. Com 17.207 habitantes na sua área urbana e 37.592 habitantes em todo o município, é a maior cidade e o maior município do Alto Tâmega, sendo limitada a norte com o a região espanhola da Galiza, a leste com as Terras de Trás-os-Montes, a sul com o Douro, a sudoeste com o Ave e a oeste com o Cávado.
Nos censos de 2021, o Alto Tâmega registou 84.330 habitantes[4] e uma densidade populacional de 28 habitantes por km2, sendo assim a segunda sub-região menos populosa, estando somente à frente da Beira Baixa, com 80.775 habitantes, e a 19° mais densa populada de Portugal. Dentro da Região do Norte, a qual pertence, é a sub-região menos populosa e a segunda menos densa, somente à frente das Terras de Trás-os-Montes, com uma densidade de 19 habitantes por km2.
Municípios
O Alto Tâmega compreende seis municípios, sendo os maiores municípios, em termos populacionais, Chaves com mais de 35 mil habitantes, Valpaços com perto de 15 mil habitantes e Vila Pouca de Aguiar com perto de 12 mil habitantes.
Na densidade populacional, Chaves com 63 habitantes por km2, e o município mais denso de todo o Alto Tâmega, a seguir de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena com todos 27 habitantes por km2, Boticas com 15 habitantes por km2 e Montalegre com 11 habitantes por km2.
A percentagem residentes de jovens no Alto Tâmega situa-se nos 9,2%, abaixo da média da região Norte com 12,5% e abaixo da média nacional de 13,5%.[5]
Idosos
Os Censos de 2021 mostram, que 30,7% dos residentes do Alto Tâmega são idosos, acima da média regional do Norte com 21,2% e acima da média nacional com 22,3%.
Estrangeiros
1,5% da população residente no Alto Tâmega são estrangeiros, abaixo da média regional do Norte com 2,5% e muito abaixo da média nacional com 6,4%.[6]
Economia
Principais sectores empregadores
Os sectores com mais trabalhadores é o comércio, com 17,6% de todos os trabalhadores empregados no Alto Tâmega, seguido pela construção com 11,7%, da industria transformadora com 10,6% e alojamento e restauração com 7,5%.[5]
Desemprego
Dado aos dados dos Censos 2021, a taxa de desemprego situava-se no ano de 2020 nos 6,0%, 0,2% abaixo da média regional do Norte, que situava se nos 6,2% e 0,2% acima da média nacional, que se situava nos 5,8%.[5]
Poder de compra
O poder de compra do Alto Tâmega situou-se nos 70,4, abaixo da média regional do Norte com 93, com Portugal a 100. Só o município de Chaves ultrapassou a média do poder de compra do Alto Tâmega com 79,1.[5]
Salários
O ganho médio mensal no Alto Tâmega em 2019 foi de 954,20€, abaixo da média de 1.100,40€ registado na região Norte e abaixo da média nacional de 1.206,30€.[5]
Infraestruturas
Autoestradas
O Alto Tâmega está servida por duas autoestradas, que ligam a sub-região de norte a sul e de oeste a leste, com uma extensão total de 95 quilómetros dentro da sub-região:
Dentro do Alto Tâmega, a autoestrada liga os municípios de Ribeira de Pena com Vila Pouca de Aguair, através de uma extensão de 23 km, passando pelo Parque Natual do Alvão, ligando assim o oeste com o centro da sub-região, chegando até ao nó com a A24, que segue em direção a norte a Chaves e em direção a sul a Vila Real.
A24
A autoestrada A24, ou Autoestrada do Interior Norte, liga Vila Verde da Raia, com a fronteira para a Espanha, com Viseu, passando pelas cidades de Chaves e Vila Real. Também existem ligações com outras autoestradas ao longo do seu percurso, como com a A7 e com a A4, que seguem até ao Porto e Bragança.
A Autoridade de Transportes do Alto Tâmega, através da Lei nº 52/2015 de 9 de junho, é a entidade pública responsável pela atribuições e competências em matéria de definição dos objetivos estratégicos para a mobilidade, planeamento, organização, exploração, atribuição, investimento, financiamento e fiscalização do serviço público de transporte de passageiros e contratualização e determinação de obrigações de serviço público e de tarifários, numa determinada zona geográfica de nível local, regional ou nacional.[7]
Existem 27 linhas que ligam todos os seis municípios, mas também municípios vizinhos como Murça e Vila Real.
Existem três operadores de transportes responsáveis pelo transporte de passageiros: Rodonorte, Auto Viação do Tâmega e Rodoviaria D'entre Douro e Minho. As receitas reportadas pelos operadores de transportes atingiram no Alto Tâmega, em 2021, o montante de 803.202 €. Os meses onde os operadores obtiveram mais receita foram os de maio e junho, outubro e novembro.
O Alto Tâmega está servido por um aeródromo, situado no sul da cidade de Chaves.[8]
Ferrovia
A Linha do Corgo era uma antiga ligação ferroviária, que ligava Chaves, via Vila Real, à Régua, aonde entrava na linha do Douro. A linha tinha 18 estações e foi encerrada em 1990. O serviço ferroviária mais perto do Alto Tâmega, que ainda se encontra em serviço, é a estação da Régua, servida pela linha do Douro, aonde partem diáriamente oito comboios da CP Regional para o Porto e cinco para o Pocinho.[9]
Hospitais
No Alto Tâmega existem dois hospitais, um hospital público e um hospital privado, ambos situados na cidade administrativa de Chaves. O hospital público de Chaves é gerido pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. O hospital privado de Chaves é o hospital privado do Alto Tâmega e é um hospital com uma abertura recente em 2019.[10]
Educação
Existem 47 escolas pré-escolares, 30 escolas do primeiro ciclo, 13 escolas do segundo e terceiro ciclo e 9 escolas secundárias.[11] Em Chaves existe a Escola Superior de Enfermagem e até 2015 encontrava-se um Polo Universitário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que foi encerrado em 2015.[12] Irá ser construída uma Escola Superior do Turismo e Bem-estar do Instituto Politécnico de Bragança.[13]