Em 1941, Walter Bandeira nasceu na cidade paraense de Belém, filho da professora Risoleta Bandeira e de Euclides Gonçalves (irmão do jornalista e cantor Euclides "Chembra" Bandeira).
Sagrou-se na década de 1980 com o grupo Gema (junto com Bob Freitas, Nêgo Nelson, Kzam Gama, Dadadá e, Sagica),[2] badalando as casas noturnas da cidade como no bar Maracaibo, Clube do Círculo Militar, Iate Clube do Pará e,, boate La Cage.[1]
O publicitário Pedro Galvão disse na época: "Pior que o Walter Bandeira, só a Elis Regina". Porém sem ambições de fama a nível nacional, gravou poucos discos. O universo de Walter era o Pará. Em 2009 Walter Bandeira teve seu primeiro registro em CD concluído. A obra intitulada "Guardados & Perdidos", síntese de uma desejo cultivado com o pianista Paulo José Campos de Melo, com composições de Chico Buarque, João Bosco, Jaques Brél e, autorais com a música que deu nome ao CD.[2] Walter não teve tempo de fazer seu show de lançamento, falecendo em Belém, no dia 2 de junho de 2009,[3] devido câncer no esôfago, com 67 anos de idade.
Walter Bandeira ficou conhecido como uma dos grandes cantores paraenses.[1][2] Pela versatilidade de seu talento tornou-se um dos mais requisitados locutores paraenses, emprestando sua voz na produção de peças publicitárias na mídia regional, como em propagandas da marca de alimentícios Hiléia e do evento Arte Pará.
Em 2016, familiares e amigos fizeram o projeto “Walter 75”, que ao longo do ano realizou uma série de eventos em homenagem, coordenado por Edithe junto com a arquivologista Nazaré Lima (ex-figurinista do grupo Cena Aberta).[2] Também ocorreu em setembro do mesmo ano, a exposição “Walter Bandeira – O Canto das Aquarelas” no Museu da UFPA, mostrando o lado mais delicado do cantor que era explosão nos palcos, que contou com 60 aquarelas com temas variados, cuja visitação foi acompanhada de uma trilha sonora do cantor.[2]
As homenagens continuam em outras artes, em setembro de 2016, o centro Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará, recebeu uma exposição com cartuns e caricaturas de diversos artistas homenageando o cantor.[2] Em novembro de 2016, foi lançado O livro “Walter e Gema”, de autoria do professor Advaldo Castro Neto, que narra a carreira do cantor no período de 1981 a 1992 com o Grupo Gema.[2] A emissora Rede Cultura do Pará produzindo um documentário – com um trecho exibido na exposição O Canto das Aquarelas no Museu da UFPA – que reúne entrevistas do cantor, entre outros registros da carreira como repórter.[2]
Ocorreu a remasterização do vinil “Walter Bandeira” e do “Guardados & Perdidos”, sendo assim lançados em CD.[2]
Discografia
1969, vinil GUILHERME COUTINHO E A CURTIÇÃO, Gravadora Ritmos/Codil - Faixas: 1. Curtição (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 2. Me Ver Em Você (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 3. Nem Ir (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 4. Duas Contas (Garoto (Aníbal Augusto Sardinha)), 5. Sonho de Chegar (Guilherme Coutinho/Luis Otávio Barata), 6. Estuário (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 7. Ué (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 8. Cobrindo o Sol (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 9. My Funny Valentine (Richard Rodgers/Lorenz Hart), 10. Estuário (Guilherme Coutinho/Walter Bandeira), 11. Ilusão À Toa (Johnny Alf).[5]
1991, vinil Clichê, MPB, Gravadora RJ Fonográfica Comercial - Faixas: A1 Olhar Cigano (Talismã); A2 Bóba Coração; A3 Curtição; A4 Entre Nós; A5 Sou; B1 Eu Estou Do Lado Da Cicciolina; B2 Ladrão de Galinha; B3 Em Algum Lugar; B4 Valeu Um Blue.[6]
2009, CD GUARDADOS E PERDIDOS, Gravadora independente - Faixas: 1. Chanticler, 2. Condenados (Fátima Guedes), 3. Futuros Amantes (Chico Buarque), 4. Guardados (Walter Bandeira/Paulo José Campos de Melo), 5. Jura Secreta (Sueli Costa/Abel Silva), 6. La Chanson Des Vieux Amants (Jacques Brel/Gérard Jouannest), 7. Mais Simples (José Miguel Wisnik), 8. Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel), 9. Outra Noite (Luiz Cláudio Ramos/Chico Buarque), 10. Pago Pra Ver (Nelson Rufino/Toninho Geraes), 11. Se Meu Mundo Cair (José Miguel Wisnik), 12. Todo O Sentimento (Cristóvão Bastos/Chico Buarque), 13. Violeta de Belford Roxo (João Bosco/Aldir Blanc) [7]