Pagode baiano (também chamado pagodão, swingueira ou quebradeira) é um gênero musical brasileiro criado em Salvador, Bahia, oriundo da mistura de samba-reggae e pagode, tendo como principal diferença a inclusão de percussão, um ritmo mais acelerado e geralmente acompanhado de coreografias.[4][5] Por ser um gênero de origem baiana, é erroneamente confundido com o axé music, principalmente por ambos estilos estarem na moda no Brasil entre as décadas de 1990 e 2000.[6][7][8][9]
O gênero ganhou impulso por volta de 1994, tendo influências do samba duro baiano e do pagode do Rio de Janeiro. O primeiro sucesso do gênero foi a Dança do Tchaco, de Tonho Matéria. Nessa época, também despontava o grupo Gera Samba, que lançara um CD gravado de maneira independente com boa vendagem.[10]
A partir de 1995, com o fenômeno do É o Tchan, o gênero obteve projeção nacional. Outros grupos surgiram, como Harmonia do Samba, Terra Samba, Raça Pura, Patrulha do Samba, Companhia do Pagode e Gang do Samba. No fim da década de 1990, apesar do nome pagode "baiano", surgiram grupos focados no estilo em outras partes do país, como o carioca Tchakabum e o paulista Axé Blond que também fizeram muito sucesso.[11][7] Já nos anos 2000 surgiram outros grupos de destaque como Psirico,[12]Parangolé, Pagod'art, LevaNóiz, Guig Guetho, Oz Bambaz, Saiddy Bamba, Fantasmão, Swing do P, Black Style e A Bronkka.
O pagodão se caracteriza por letras de duplo sentido com refrões simples, sendo mais popular entre as áreas periféricas.[14][15] O gênero geralmente é criticado por questões morais, uma vez que suas letras muitas trazem grande conotação de cunho sexual ou de sexualização dos corpos.[16][17][18][19] No final da década de 2000 e nos anos subsequentes houve uma incorporação cultural de outros ritmos populares como o funk carioca dentro do pagode baiano, notadamente popularizada pela banda Black Style (com o cantor Robyssão e sua posterior carreira solo) no que ficou conhecido como "Pagofunk".[7][20]
↑Diniz, André (2008). Almanaque do carnaval: A história do carnaval, o que ouvir, o que ler, onde curtir. [S.l.]: Jorge Zahar Editor. pp. 184, 198 e 199. 9788537802922