Estrelas variáveis luminosas azuis, também conhecidas como variáveis S Doradus, são hipergigantes que apresentam um brilho azul intenso, assim nomeadas em referência a S Doradus, a estrela mais brilhante na Grande Nuvem de Magalhães. Elas exibem variações de brilho lentas e prolongadas, pontuadas por explosões de brilho durante eventos de perda de massa substancial (por exemplo, em Eta Carinae e P Cygni). Esse tipo de estrela é extraordináriamente raro. O Catálogo Geral de Estrelas Variáveis lista apenas 20 objetos da classe SDor.[1]
Estrelas variáveis luminosas azuis podem apresentar brilho milhões de vezes superior ao do Sol, e, com massas superiores a 150 vezes a massa do Sol, elas se aproximam do limite máximo teórico para massas estelares, fazendo delas as estrelas mais luminosas, mais quentes, e as maiores emissoras de energia no universo. Se essas estrelas fossem maiores, a força da gravidade gerada por elas seria insuficiente para contrabalançar a pressão por radiação, fazendo com que elas repelissem o excesso de massa pelo vento estelar. Com as características inerentes a elas, essas estrelas mal são capazes de manter o equilíbrio hidrostático pois o vento estelar produzido por elas ejeta matéria de maneira constante, promovendo a diminuição da massa da estrela. Por essa razão, as variáveis luminosas azuis costumam ser cercadas por nebulosas, que são criadas por essas erupções; Eta Carinae é o exemplo mais próximo e bem estudado. Devido à grande massa e alta luminosidade, o tempo de vida dessas estrelas muito curto — de apenas poucos milhões de anos.
As teorias atuais estabelecem que o estágio de variável luminosa azul é necessário na evolução das estrelas mais massivas, para que elas possam perder o excesso de massa.[2] Elas podem evoluir para estrelas Wolf-Rayet antes de explodirem em supernovas. Se a estrela não perder massa o bastante, elas podem originar supernovas poderosas criadas pela instabilidade de par.
↑Smith, Nathan & Owocki, Stanley (2006). «On the Role of Continuum-driven Eruptions in the Evolution of Very Massive Stars and Population III Stars». Astrophysical Journal. 645 (1): L45. Bibcode:2006ApJ...645L..45S. arXiv:astro-ph/0606174. doi:10.1086/506523 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)