O USS Hawaii foi um cruzador de batalha planejado pela Marinha dos Estados Unidos e a terceira embarcação da Classe Alaska, depois do USS Alaska e USS Guam, e seguido pelo Philippines, Puerto Rico e Samoa. Sua construção começou em dezembro de 1943 nos estaleiros da New York Shipbuilding e foi lançado ao mar em novembro de 1945, porém ele foi cancelado incompleto em 1947. Pela década seguinte houve várias propostas para convertê-lo em um porta-aviões, um cruzador de mísseis guiados ou navio de comando, mas nenhuma foi levada adiante e ele foi desmontado em 1960.
O armamento principal consistiria em nove canhões Marco 8 calibre 50 de 305 milímetros montados em três torres de artilharia triplas, duas sobrepostas à vante e uma à ré. A bateria secundária seria de doze canhões de duplo propósito Marco 28 calibre 38 de 127 milímetros em seis torres de artilharia duplas, duas na linha central sobrepostas às torres principais, à vante e à ré, mais duas em cada lateral da superestrutura. A bateria antiaérea leve teria 56 canhões Bofors de 40 milímetros em montagens quádruplas e 34 canhões Oerlikon 20 de milímetros em montagens únicas. O cinturão principal de blindagem teria 229 milímetros de espessura na parte central do casco, onde protegia as salas de máquinas e depósitos de munição, afinando-se para 127 milímetros em cada extremidade. O convés principal teria 97 a 102 milímetros, enquanto a torre de comando teria laterais de 270 milímetros. As torres de artilharia principais teriam frentes de 325 milímetros, tetos de 130 milímetros, laterais de 133 a 152 milímetros e traseira de 133 milímetros.[1]
Construção
As construções dos quatro últimos membros da Classe Alaska foram suspensas em maio de 1942, antes mesmo de começarem. Isto liberou materiais e instalações para a construção de embarcações que poderiam ser completadas mais rapidamente para uso na Segunda Guerra Mundial.[5] Mais de quatro mil toneladas de aço que estavam destinadas ao Hawaii foram desviadas em julho para outros navios.[6] Entretanto, o Hawaii foi colocado de volta na fila de construção em 25 de maio de 1943.[7] Seu batimento de quilha ocorreu em 20 de dezembro de 1943 nos estaleiros da New York Shipbuilding Corporation em Camden, Nova Jérsei,[6] sendo lançado ao mar em 3 de novembro de 1945.[8][1] Foi batizado por Elizabeth P. Farrington, esposa de Joseph R. Farrington, o delegado do Território do Havaí na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.[8] Pouco trabalho foi feito no navio depois disso e a construção acabou paralisada em fevereiro ou abril de 1947,[5][6] resultado das reduções de gastos após o fim da guerra.[8] Foi estimado que o Hawaii estava na época 82,4 por cento completo.[5] As torres de artilharia da bateria principal tinham sido instaladas e a superestrutura estava quase completa,[6] porém as torres foram removidas quando a embarcação foi colocada na frota de reserva no Estaleiro Naval da Filadélfia.[5] O Hawaii foi removido do registro naval em 9 de junho de 1958,[6][8][9] sendo vendido em 15 de abril de 1959 para a Boston Metals Company. Foi rebocado para Baltimore, onde chegou em 6 de janeiro de 1960, sendo então desmontado.[9][10]
Propostas de conversão
O Hawaii foi considerado em setembro de 1946 para conversão em uma plataforma de testes de mísseis guiados. Designado CB(SW), seu armamento passaria a ser de dezesseis canhões Marco 26 calibre 70 de 76 milímetros em oito montagens duplas. A maioria dos mísseis ficariam na proa, enquanto dois "fossos lançadores de mísseis" ficaram localizados próximos da popa. Nenhuma blindagem seria necessária e aquela que já tinha sido instalada seria removida.[6] Este plano nunca foi levado adiante e acabou cancelado.[8] Um plano parecido de conversão foi proposto dois anos depois. Designado SCB 26A, ele converteria o Hawaii em um navio de mísseis guiados balísticos. Ele receberia doze lançadores verticais de mísseis balísticos de curto alcanceV-2 fabricados nos Estados Unidos e seis lançadores para mísseis de cruzeiro SSM-N-2 Triton.[11]
O Hawaii também foi considerado para conversão em um porta-aviões sob o projeto SCB 26, em que um guindaste de aeronaves e duas catapultas seriam adicionadas na popa. A conversão seria visualmente semelhante ao projeto dos porta-aviões alemães da Classe Graf Zeppelin.[12] O navio também seria capaz de lançar mísseis de cruzeiro JB-2 Loon a partir de uma catapulta hidráulica que seria instalada no convés de voo de vante. A conversão foi autorizada em 1948 e estava programada para ser finalizada em 1950, com seu número de registro sendo alterada para CBG-3 a fim de refletir as reformas. Entretanto, o projeto foi cancelado em 1949 junto com outros planos para navios de superfície armados com mísseis de cruzeiro, pois os combustíveis de foguete eram muito voláteis e os sistemas de orientação disponíveis na época não eram avançados o bastante.[11]
Outro projeto foi contemplado em agosto de 1951, desta vez para um "navio de comando grande", chamado SCB 83.[6] Seria semelhante ao USS Northampton, com espaços grandes para almirantes e suas equipes e sistemas de comunicação e radares para comandar forças tarefas de porta-aviões, porém não existiriam instalações para operações anfíbias.[6][12] O armamento seria de dezesseis canhões Marco 45 calibre 54 de 127 milímetros em torres de artilharia únicas,[12] pois o canhão calibre 50 de 76 milímetros foi considerado muito pequeno.[6] Os planos foram autorizados e seu registro alterado em 26 de fevereiro de 1952 para CBC-1.[8] Dinheiro para o projeto foi incluído no orçamento de 1952,[13] mas o único trabalho feito foi a remoção das torres de artilharia principais.[12] Entretanto, o projeto foi cancelado em 1953 quando foi percebido que um navio menor, o porta-aviões rápido USS Wright, poderia realizar a mesma função.[12][14] O número de registro original de CB-3 foi restaurado em 9 de setembro de 1954.[6][15]
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Friedman, Norman (1980). «United States of America». In: Gardiner, Robert; Chesneau, Roger. Conway's All the World's Fighting Ships, 1922–1946. Nova Iorque: Mayflower Books. ISBN0-8317-0303-2 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)
Friedman, Norman (1984). U.S. Cruisers: An Illustrated Design History. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN978-0-87021-739-5
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Swanborough, Gordon; Bowers, Peter M. (1976) [1968]. United States Navy Aircraft Since 1911. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN978-0-87021-968-9
Whitley, M. J. (1995). Cruisers of World War Two: An International Encyclopedia. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN1-55750-141-6