A delegação britânica compunha-se de William Adams, James Lord Gambier e Henry Goulburn, diplomatas de segunda ordem. As reuniões foram muitas vezes adiadas por uma semana ou mais, dado que os diplomatas britânicos não estavam mandatados para efectuar negociações directas e tinham que esperar por ordens de Londres, ao passo que a delegação americana, composta de John Quincy Adams, James A. Bayard, Sr., Henry Clay, Albert Gallatin e Jonathan Russell como assistente, dispunha de plenos poderes para negociar.[carece de fontes?]
Os Estados Unidos tinham fracassado nas suas tentativas de invasão do Baixo Canadá e do Alto Canadá, enquanto o Reino Unido não tinham obtido êxitos significativos, tirando o incêndio de Washington e ataques de retaliação em solo americano. Os partidários da guerra no Congresso queriam conquistar o Canadá e a Florida.[1]
O acordo
O tratado obrigava à libertação de todos os prisioneiros de guerra e à devolução de todos os territórios e embarcações tomados, o que equivalia a restituir aos Estados Unidos cerca de 10 000 000 acres de território perto do Superior e do Michigan, no Maine e nas margens do Oceano Pacífico.[2] O tratado não alterou substancialmente a situação anterior à guerra, mas incluía uma série de promessas. O Reino Unido comprometia-se a devolver os escravos capturados, mas em vez disso pagou, anos mais tarde, £ 250 000 aos Estados Unidos.[3] A proposta britânica de criar uma zona tampão indígena em Ohio e em Michigan foi abandonada quando a coligação das tribos indígenas se desagregou. Os Estados Unidos ignoraram as garantias que tinham dado no artigo IX quanto ao tratamento dos indígenas pelos americanos.[4]
O Senado dos EUA ratificou o tratado por unanimidade em 16 de Fevereiro de 1815, e o presidente James Madison trocou os documentos de ratificação com um diplomata britânico em Washington em 17 de Fevereiro; o tratado foi promulgado em 18 de Fevereiro. Onze dias depois, em 1 de Março, Napoleão escapou da Ilha de Elba, reacendendo o conflito na Europa e obrigando os britânicos a concentrar-se na nova ameaça.[carece de fontes?]
Referências
↑American Military History, Army Historical Series, Ch. 6, p. 123, afirma que "enquanto o partido pró-guerra do Oeste defendia o conflito na esperança de conquistar o Canadá, a população da Geórgia, do Tennessee e do Território do Mississippi nutria ambições semelhantes quanto à Florida, um território espanhol".[1]
↑W.G. Dean; et al. (1998). Concise Historical Atlas of Canada. [S.l.: s.n.] !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link)
American Military History: Army Historical Séries. Chapter 6: The War of 1812. Center of Military History, U.S. Army, Washington, DC, 1989. Official US Army history, available online.
Bemis, Samuel Flagg. John Quincy Adams and the Foundations of American Foreign Policy (1950).
A. L. Burt. The United States, Great Britain and British North America from the Revolution to the Establishment of Peace after the War of 1812, 1940 (Online Edition.