O nome do bairro deriva de três figueiras nativas da espécie Ficus organensis, localizadas nas dependências do Colégio Farroupilha, cujo terreno era conhecido como "Chácara das Três Figueiras". As três árvores foram tombadas pelo município de Porto Alegre.[1]
Com o crescimento populacional e o desenvolvimento de áreas próximas ao Centro Histórico de Porto Alegre, o Três Figueiras se transformou, ao longo dos anos, em um bairro nobre, predominantemente residencial, de classe média alta à alta alta. Possui atualmente a maior renda per capita da cidade, sendo considerado um dos vinte bairros mais ricos do Brasil, segundo dados da revista Exame. Segundo essa mesma publicação, é também o bairro de maior renda per capita da Região Sul.
O crescimento trouxe também ao bairro dois colégiostradicionais de Porto Alegre, o Colégio Farroupilha (fundado em 1886)[3] e o Colégio Anchieta (fundado em 1890)[4], antes localizados no Centro Histórico. Ambos são instituições particulares. Enquanto o primeiro é de formação ecumênica, o segundo é de preceitos jesuítas.
O bairro Três Figueiras virou assunto na mídia quando foram feitas reportagens a respeito de um dos últimos quilombos da cidade, a Associação Quilombo da Família Silva[5]. Estando situado no bairro há décadas, recebe apoio da Fundação Cultural Palmares, a qual reconhece sua identidade afro-brasileira e direito a território[6]. O Quilombo da Família Silva se tornou o primeiro "quilombo urbano" titulado do Brasil. Ainda assim, grandes construtoras já ocuparam dois terços de sua área, demarcada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de modo que surgiram disputas judiciais.[7]
Marcos
Áreas verdes
Praça Emílio Schenck
Praça Desembargador La Hire Guerra
Praça Arquiteta Berenice Baptista (também chamada Praça Paris)
Avenida Carlos Gomes, da esquina da Avenida Nilo Peçanha até a Avenida Protásio Alves; desta, até a Rua João Paetzel; e, por esta, até encontrar a Rua Jorge Fayet; por esta, até encontrar a Rua Gustavo Schmidt; e, por esta, numa linha seca e reta, até a Avenida Nilo Peçanha; e, desta, até a Avenida Carlos Gomes.
SANTOS, Irene (org.). Negro em preto e branco: história fotográfica da população negra de Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. Prefeitura de Porto Alegre/Funproarte, 2005. p. 36-41.