As primeiras práticas de competições de tiro, tiveram início no século XVII nos Estados Unidos, com festivais nos quais alguns atiradores (geralmente ligados à atividade de caça), disputavam prêmios em dinheiro.[1]Inglaterra e Estados Unidos criaram suas "National Rifle Association", em 1859 e 1871 respectivamente, e na Itália no mesmo período, foi criada a "Associação Piemontesa de Tiro". A partir daí e com a contribuição dos suecos e sua metodologia, os esforços para padronizar regras para o esporte de tiro, culminaram com a criação da Federação Internacional de Esportes de Tiro, que ficou responsável por padronizar regras e organizar competições internacionais.[1]
Nos primeiros anos, não havia distinção entre modalidade feminina e masculina, as competições eram mistas. Em 1937, a primeira mulher competiu em um evento internacional, Catherine Woodring, pelos Estados Unidos, e já na estreia conquistou uma medalha de ouro por equipes no campeonato mundial daquele ano. Nos Jogos Olímpicos de 1968, a mexicanaNuria Ortiz foi a pioneira e terminou em 13º lugar na prova de skeet.[2] A primeira mulher a ganhar uma medalha no tiro foi Margaret Murdock, em 1976, na carabina de três posições.[3] Em 1984, retornaram as provas masculinas e foram incluídas provas exclusivamente femininas.[1]
Nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna um número variado de provas foi disputado sem qualquer critério de inclusão por parte dos organizadores. Com a volta da modalidade em Los Angeles 1932, apenas dois eventos foram disputados. A partir de então a quantidade de eventos passou a crescer, mas incluídos com certo critério, até se chegar aos 15 disputados nos Jogos de Tóquio 2020. Algumas provas marcadas como "masculinas" já foram abertas para ambos os sexos. Apenas duas mulheres conquistaram medalhas em eventos abertos: Margaret Murdock, prata na carabina de três posições em Montreal 1976 e Zhan Shan, ouro no skeet em Barcelona 1992.