O sambar é um cervídeo alto e com um grande par de chifres, sendo o maior da Índia e do Sudoeste Asiático, no entanto, raramente é avistado. Apesar de grande, o sambar move-se silenciosamente pela floresta, ao menor sinal de perigo foge, mas se for apanhado, pode mesmo combater um cão que o esteja a atacar com coices rápidos. O sambar é um forte nadador, atravessa com facilidade os rios enquanto se desloca na floresta em busca de alimento. As suas hastes caem anualmente e novos chifres maiores crescem antes do cio seguinte, têm ouvidos altamente sensíveis que rodam independentemente para identificar sons fracos, o seu pelo é curto e torna-se espesso na estação mais fria, nos machos o pelo pode formar uma crina densa em volta do pescoço e nos quartos dianteiros, a sua cauda é castanha escura por cima e branca por baixo e é usada para afugentar moscas das patas traseiras, apresenta umas pernas longas e delgadas que permitem andar agilmente na floresta ou correr rapidamente caso for necessário.
Ecologia e comportamento
Sambares podem possuir hábitos noturnos ou crepusculares. Os machos vivem sozinhos durante a maior parte do ano, e as fêmeas vivem em pequenos rebanhos de até 16 indivíduos. Em algumas áreas, o rebanho médio consiste em apenas três ou quatro indivíduos, tipicamente composto por uma fêmea adulta, sua jovem mais nova e talvez uma fêmea subordinada e imatura. Este é um padrão incomum para veados, que mais comumente vivem em grupos maiores. Muitas vezes se reúnem perto da água e são bons nadadores. Como a maioria dos cervos, o sambar geralmente é silencioso, embora todos os adultos possam gritar ou fazer sons curtos e agudos quando alarmados. No entanto, eles mais comumente se comunicam por meio de odores e pisoteamento.
Sambar se alimenta de uma grande variedade de vegetação, incluindo gramíneas, folhagens, frutas e plantas aquáticas, de modo que o habitat influencia diretamente na dieta . Eles também consomem galhos novos e folhas de uma grande variedade de arbustos e árvores.
No início da estação seca, os machos entrelaçam os chifres em provas sangrentas, o vencedor marca o seu território borrifando urina, deixando excrementos e gravando troncos de árvores com os chifres, emite sons e um forte odor das suas glândulas para atrair as fêmeas, cada fêmea dá à luz uma única cria no início da estação das chuvas, a cria não consegue andar até ao quarto dia, depois do qual fica sempre próxima da progenitora.
Análises genéticas evidenciam que a espécie vivente mais próxima do sambar é, provavelmente, o cervo-de-timor, da Indonésia. Isso se embasa pelo fato de que o cruzamento entre o R. unicolor e o R. timorensis comumente resultam no nascimento de híbridos férteis.[3]