O primeiro contato oficial entre a Áustria e o Brasil ocorreu em novembro de 1817, quando a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina da Áustria chegou ao Rio de Janeiro para se casar com o príncipe herdeiro (e futuro imperador) Pedro I do Brasil. Maria Leopoldina tornou-se Imperatriz do Brasil em 1822 e também é mãe do Imperador Pedro II do Brasil. [1] Em 1825, a Áustria reconheceu a independência do Brasil a partir da sua separação de Portugal. [2] Em 1859, os primeiros imigrantes austríacos começaram a chegar ao Brasil. [1]
Em 1871, o imperador Pedro II fez uma visita à Áustria durante suas primeiras viagens pela Europa e encontrou-se com seu primo, o imperador Francisco José I da Áustria. [3] Enquanto estava em Viena, Pedro II prestou homenagem ao túmulo de sua filha, a princesa Leopoldina do Brasil, que morreu em Viena no início daquele ano. [4] Pedro II retornaria à Áustria pela segunda vez em 1877. [4]
Em 1891, a Áustria reconheceu a República do Brasil, dois anos após a abdicação do imperador Pedro II. Em 1925, a Áustria abriu um consulado no Rio de Janeiro. Embora a Áustria e o Brasil estivessem tecnicamente do lado inimigo na Primeira Guerra Mundial, o Brasil não era realmente hostil à Áustria e só declarou guerra à Alemanha em outubro de 1917. Durante a Segunda Guerra Mundial, as Forças Expedicionárias Brasileiras lutaram na Itália contra tropas alemãs (que também incluíam soldados austríacos) durante a campanha italiana. Após a guerra, a Áustria e o Brasil restabeleceram relações diplomáticas. [5]
Em dezembro de 1952, o Brasil apresentou um anteprojeto de resolução na Assembleia Geral das Nações Unidas para restaurar a plena soberania da Áustria. O anteprojeto foi aceito com 48 votos. A iniciativa não teve efeitos diretos imediatos, porém contribuiu para que, num momento difícil, a discussão sobre um tratado do Estado austríaco permanecesse na agenda internacional. [6] Em 1992, o chanceler austríaco Franz Vranitzky fez uma visita ao Brasil. Em março de 1997, por ocasião do bicentenário de nascimento de Maria Leopoldina da Áustria, foi inaugurado um monumento a ela no Parque Quinta da Boa Vista, em frente ao Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. [6] Em 2006, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fez uma visita à Áustria, a primeira de um presidente brasileiro. Houve inúmeras visitas entre líderes de ambas as nações. [7][6]
Em 2019, havia uma comunidade de 10 mil austríacos morando no Brasil. [8] Em 2015, havia uma comunidade de 4.900 brasileiros morando na Áustria. [9]
Visitas de alto nível
Visitas de alto nível da Áustria ao Brasil
Ministro das Relações Exteriores Karl Gruber (1952)
Ambas as nações assinaram vários acordos, como o Acordo de Comércio e Navegação (1826); Acordo para evitar a dupla tributação em matéria de impostos sobre o rendimento e o capital (1976); Acordo de Cooperação Económica e Industrial (1986); Acordo de Serviços Aéreos (1995); Protocolo de Intenções sobre Cooperação Técnica (2005); Protocolo de Intenções entre o Instituto Rio Branco e a Academia Diplomática de Viena (2005); Memorando de Entendimento sobre o Estabelecimento de um Mecanismo de Consulta Política (2008) e um Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica (2019). [10]
Comércio
Em 2018, o comércio entre as duas nações totalizou 1,3 mil milhões de euros. [11] As principais exportações da Áustria para o Brasil incluem: eletrônicos, produtos farmacêuticos, papel, trilhos e produtos químicos. As principais exportações do Brasil para a Áustria incluem: matérias-primas, aeronaves, produtos alimentícios e bebidas. Aproximadamente 200 empresas austríacas possuem filiais no Brasil, das quais mais da metade trabalham no Estado de São Paulo. [12]