Os protestos na Arábia Saudita em 2011 se enquadram no contexto contemporâneo dos protestos no mundo árabe.
Os protestos que desenvolvem-se marginalmente na Arábia Saudita, onde a minoria xiita da região oriental petrolífera implementa uma manifestação pacífica para exigir a libertação de ativistas detidos e contra o autoritarismo.[1] Os organizadores do protesto de um partido político islâmico estão sob prisão.[2]
Acabando de voltar do Marrocos, onde permaneceu em convalescença, o rei Abdullah chegou em Riade em 23 de fevereiro; na ocasião, prometeu um pacote de subsídios de 35 bilhões de dólares estadunidenses para o povo do país. Entre as medidas, uma ajuda para jovens desempregados, empréstimos para habitação e aumentos salariais de 15% para funcionários públicos.[3]
O protesto atinge uma monarquia já fraca devido a problemas relacionados com a sucessão ao trono e em termos de questões internas que são inerentes a instabilidade que pode trazer transtornos violentos colocando em intensa agitação a minoria xiita do país, que instala-se em áreas onde estão localizados poços de petróleo.[4]
Após o final de fevereiro, mais de 100 intelectuais sauditas lançaram um apelo na internet por reformas políticas, econômicas e sociais, nomeadamente solicitando a criação de uma "monarquia constitucional", "separação de poderes" e a adoção de uma constituição; as autoridades sauditas, dado ao crescente descontentamento, consideram a hipótese de conceder direito de voto às mulheres, mas não prevê a sua elegibilidade.[5]