Os Trapalhões e o Mágico de Oróz é um filme brasileiro de 1984, do gênero comédia infantil, dirigido por Victor Lustosa e Dedé Santana e estrelado pela trupe humorística Os Trapalhões. Foi realizado por Renato Aragão Produções em parceria com DeMuZa Produções. O filme é uma paródia do conto O Mágico de Oz. O filme também marcou a volta do grupo ao cinema depois de 6 meses ou depois de quase 1 ano de separação.
Enredo
Didi (Renato Aragão), um sertanejo humilde que padecia fome e sede devido à seca no nordeste brasileiro, segue sem rumo com seus companheiros Soró (Arnaud Rodrigues) e Tatu (José Dumont) em busca de melhores condições de vida. Pelo caminho, Didi encontra mais três novos companheiros: o Espantalho (Zacarias), a quem salvou de um bando de Carcarás e que desejava conseguir um cérebro para se tornar uma pessoa comum; o Homem-de-lata (Mussum), que desejava um coração para completar sua felicidade; e o Leão (Dedé Santana), que era o delegado covarde de Oróz e inicialmente lutou contra Didi, mas depois juntou-se ao grupo com o objetivo de levar água para a cidade. o quarteto se juntou a mais nova amiga, a Aninha (Xuxa Meneghel). O Leão desejava livrar-se de sua covardia. Até que encontram no deserto o lar do Mágico de Oróz (Dary Reis). Este os aconselha a buscarem um monstro de metal que jorra água pela boca, a fim de resolverem o problema da seca, e a nunca desistirem de conseguir o que desejam. Após enfrentarem e derrotarem, com a ajuda do Mágico de Oróz, o malvado Coronel Ferreira (Maurício do Valle), que comercializava a pouca água dos açudes de Oróz, são levados pelo Mágico e seus poderes à Cidade do Rio de Janeiro, onde conseguem encontrar o procurado "monstro" (que na verdade era uma torneira gigante) e com mais uma ajuda do Mágico o levaram até à cidade de Oróz, que os recebeu em festa. Mas os quatro amigos não sabiam que uma torneira separada de seu encanamento não podia fornecer água, e quando descobriram isto a população da cidade se revoltou e o prefeito os condenou à morte. Perto do fim, Didi convence os seus companheiros a terem fé que a chuva cairia e os salvaria, e dizendo as frases "Vamos todos pensar firme, vamos todos pensar forte, pra cair um pingo d'água e mudar a nossa sorte", fazem o milagre acontecer: a chuva cai e o "monstro" finalmente jorrou água por sua boca. E toda a cidade festeja, e os três companheiros de Didi se tornam seres humanos normais, o que mais desejavam conseguir. O filme termina com uma mensagem escrita na tela, feita pelos próprios Trapalhões aos governantes brasileiros, dizendo: "E choveu. Que a chuva que molhou o sofrido chão do nordeste não esfrie o ânimo de nossas autoridades na procura de soluções para a seca".
Recepção
Rodrigo de Oliveira em sua crítica para o Papo de Cinema escreveu: "O ano de 1983 foi problemático para os Trapalhões. (...) Seis meses depois da briga, o quarteto estava de novo junto, coproduzindo seu novo filme (...) A separação parece ter ajudado. Dirigido por Dedé Santana e Victor Lustosa, o musical é um dos momentos altos da trupe no cinema."[2]
Elenco
Trilha sonora
Faixas
- Os Animais - Os Trapalhões
- Os Carcaras - Os Trapalhões
- Cachorro Magro - Os Trapalhões
- Conseguimos - Os Trapalhões
- Estradão - Arnaud Rodrigues
- Retirada/Didi/Soró - Arnaud Rodrigues
- Tutu - José Dumont
- A Multiplivacaso dos Frutos - Jessé
- Centro da Cidade - João Fernando
- Frevo na Chuva - Arnaud Rodrigues
- Cântico Mágico - Arnaud Rodrigues
Ver também
Referências
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