Nelson Marchezan (Santa Maria, 4 de maio de 1938 – Pantano Grande, 11 de fevereiro de 2002) foi um bancário, advogado e político brasileiro com base eleitoral no Rio Grande do Sul.
Biografia
Filho de Guido Marchezan e Maria Colpo Marchezan. Neto de imigrantes italianos que se estabeleceram no bairro da Palma, em Santa Maria, onde trabalhou como motorista e secretário particular do bispo da cidade, e ingressou na carreira política. Nesta cidade foi funcionário do Banco do Brasil, formou-se em contabilidade no Colégio Santa Maria e estudou na Universidade Federal de Santa Maria onde se graduou em Direito em 1964.[1]
Sua carreira política começou em 1958 quando foi eleito vereador pelo PDC em Santa Maria[1] e deputado estadual em 1962.[1] Com o advento do bipartidarismo após a outorga do Ato Institucional Número Dois pelo Regime Militar de 1964 migrou para a ARENA (partido do governo militar), e foi reeleito em 1966 e 1970,[1] licenciando-se para ocupar a Secretaria do Trabalho e Ação Social no governo Euclides Triches.
Eleito deputado federal em 1974 e 1978,[2] migrou para o PDS e foi eleito presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 1981/1983 ao derrotar Djalma Marinho,[3] reelegendo-se em 1982.[2]
Líder do governo do militar João Figueiredo (1979-1985) na Câmara dos Deputados votou contra o voto direto, contrário ao movimento de redemocratização conhecido como Diretas-Já, tendo, pois, votado contra a emenda Dante de Oliveira em 1984.
Votou em branco no Colégio Eleitoral em 1985 embora o PDS tivesse Paulo Maluf como candidato a presidente. Derrotado na eleição para senador pelo Rio Grande do Sul em 1986 deixou a presidência estadual do PDS e voltou a trabalhar como bancário, contabilista e advogado. Vencido por Alceu Collares ao disputar o governo gaúcho em 1990, foi Secretário Nacional de Comunicações no Governo Collor entre abril e setembro de 1992, cargo que deixou após o impeachment do presidente.[4]
Eleito deputado federal pelo PPR em 1994, discordou da criação do PPB e por esse motivo ingressou no PSDB apesar de resistências internas ao seu nome por parte do diretório estadual "tucano" conquistando seu quinto mandato em 1998.
Faleceu vítima de parada cardíaca.[5] E, em sua homenagem foi oficializada o nome da RS-804, entre Santa Maria e Silveira Martins, região onde morou, com o nome de "Estrada dos Imigrantes - Deputado Nelson Marchezan".[6]
É pai do ex-prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior.
Referências
Fonte de pesquisa
- GRILL, Igor Gastal. Parentesco, redes e partidos: as bases das heranças políticas no Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, 2003.
Ligações externas