Linux Mint
Linux Mint é uma distribuição Linux irlandesa. Possui duas versões: uma baseada em Ubuntu (com o qual é totalmente compatível e partilha os mesmos repositórios) e outra versão baseada em Debian. Suporta muitos idiomas, incluindo a língua portuguesa, e utiliza o Cinnamon como seu principal ambiente de desktop. É um sistema operacional moderno, elegante e confortável, que é poderoso e fácil de usar"; possui suporte da mídia pronto para o uso, incluindo alguns softwares proprietários; e vem com uma variedade de aplicativos gratuitos e de código aberto.[3][4][5] HistóriaO projeto foi concebido por Clément Lefèbvre; e está sendo desenvolvido ativamente pelo Linux Mint Team e pela comunidade.[6] Começou em 2006 com uma versão beta do Linux Mint 1.0, com o codinome "Ada",[7] baseado no Kubuntu. Após seu lançamento, o Linux Mint 2.0 "Barbara" foi a primeira versão a usar o Ubuntu como base de código. O Linux Mint tinha poucos usuários dessas versões iniciais até o lançamento do Linux Mint 3.0, "Cassandra".[8][9] O Linux Mint 2.0 foi baseado no Ubuntu 6.10,[10] usando seus repositórios de pacotes e usando-o como uma base de código. A partir daí, o Linux Mint seguiu sua própria base de código, construindo cada versão do seu anterior, mas continuou usando os repositórios de pacotes do último lançamento do Ubuntu. Isso resultou em tornar a base entre os dois sistemas quase idêntica, garantindo total compatibilidade entre as duas distribuições, em vez de fazer com que o Mint se tornasse um fork. Em 2008, o Linux Mint adotou o mesmo ciclo de lançamento do Ubuntu e baixou seu número de versão menor antes de lançar a versão 5 "Elyssa". No mesmo ano, em um esforço para aumentar a compatibilidade entre os dois sistemas, o Linux Mint decidiu abandonar sua base de código e mudou a forma como construiu seus lançamentos. Começando com o Linux Mint 6 "Felicia," cada lançamento foi agora completamente baseado no último lançamento do Ubuntu, construído diretamente a partir dele, e cronometrado para aproximadamente um mês após o lançamento correspondente do Ubuntu, geralmente em maio ou novembro. Em 2010, o Linux Mint lançou o Linux Mint Debian Edition (LMDE). Ao contrário das outras edições baseadas no Ubuntu (Ubuntu Mint), o LMDE era originalmente uma versão baseada diretamente no Debian rolling release e não estava vinculado aos pacotes do Ubuntu ou ao seu cronograma de lançamento.[11] Foi anunciado em 27 de maio de 2015 que a equipe do Linux Mint não suportaria mais a versão original (rolling release) do LMDE após 1º de janeiro de 2016.[12] O LMDE 2 "Betsy", o lançamento atual do LMDE, é uma versão de suporte de longo prazo baseada em Debian Jessie (stable).[13] Quando o LMDE 2 foi lançado, foi anunciado que todos os usuários do LMDE seriam automaticamente atualizados para novas versões do software MintTools e dos novos ambientes desktop antes de serem lançados na edição principal do Linux Mint.[14] Em 20 de fevereiro de 2016, o site Linux Mint foi invadido por hackers desconhecidos, que substituíram brevemente os links de download de uma versão do Linux Mint por uma versão modificada que continha malware. Os hackers também violaram o banco de dados do fórum de usuários do site.[15][16] Após o ataque, o Linux Mint foi severamente criticado por ser uma distribuição que, ao contrário de muitos outros na época, "apenas funcionou" e se tornou popular entre usuários não-técnicos, mas às custas de segurança, com algumas atualizações de segurança no Ubuntu ou Debian na lista negra de execução devido a problemas de compatibilidade.[17][18] Visão geralLinux Mint diferencia-se do Ubuntu e do Debian por incluir drivers e codecs proprietários por padrão e por alguns recursos que permitem fazer em modo gráfico (GUI) configurações que em ambos os sistemas são feitas através do modo texto. Utiliza por padrão o desktop Cinnamon, um derivado do GNOME, com um menu no painel inferior junto à barra de tarefas (o MintMenu), similar ao menu do KDE, ou o menu "Iniciar" do Windows. O propósito da distribuição é providenciar um sistema Linux que funcione "out-of-the-box"; isto é, esteja pronto para uso assim que terminar a instalação. Dessa maneira, o único trabalho do usuário será o de personalizar a aparência, se desejar, e instalar programas extras, caso necessite. O Mint foi apontado como uma das melhores distros para o uso em desktop.[19] A concepção da interface de usuário é um pouco diferente, incluindo:
LançamentosOs lançamentos das versões do Linux Mint baseadas no Ubuntu ocorrem pouco depois do lançamento das versões equivalentes do Ubuntu. Os nomes-código eram sempre nomes de mulheres que terminavam com a letra "A". A versão 17.1, por exemplo, recebeu o codinome de "Rebecca" e a atual versão 17.3 de "Rosa",[20][21] porém, esse padrão foi "quebrado" com a versão 18, que recebeu o codinome de "Sarah".[22] O Linux Mint não comunica datas de lançamento específicas à medida que novas versões são publicadas "quando estiverem prontas", o que significa que elas podem ser liberadas mais cedo quando a distribuição está adiantada ou atrasada quando bugs críticos são encontrados.[23] Novos lançamentos são anunciados, assim como muitos outros conteúdos, no blog do Linux Mint.[24] Em relação ao Ubuntu, o Linux Mint tem outro sistema de atualização. Em vez de usar a atualização incremental - ou seja, instalar a nova distribuição modificando automaticamente os repositórios e substituindo os pacotes antigos pelos pacotes novos, o Linux Mint encoraja o usuário a fazer uma instalação "limpa", gravando um novo CD/DVD e reinstalando todo o sistema. Para isso, disponibiliza uma ferramenta de backup, que grava a lista de repositórios e pacotes baixados e os arquivos da pasta pessoal, desta forma poupando tempo do usuário. Histórico de versões[25]
Histórico de versões do Linux Mint Debian Edition[25]
TestesSemelhante a muitas outras distribuições de Linux, o Mint tem diferentes ramos de repositórios. O ramo com os novos recursos, ou "ramo instável", é chamado de "Romeo". O Mint não o ativa por padrão, para os usuários que desejam ajudar a testar novos pacotes, poderão ativar o "Romeo e a Julieta" no APT. DesenvolvimentoA comunidade de usuários do Linux Mint usa o Launchpad para participar da tradução do sistema operacional e no relato de bugs.[48] Parte do desenvolvimento é feito em Python e organizado on-line usando o GitHub, tornando mais fácil para os desenvolvedores fornecer patches, implementar recursos adicionais e também extrair subprojetos do Linux Mint (por exemplo, o menu Linux Mint foi portado para o Fedora). A cada lançamento, são adicionados recursos desenvolvidos pela comunidade. No Linux Mint 9, por exemplo, a capacidade de editar itens de menu é um recurso que foi contribuído por um usuário do Linux Mint.[49] Usuários individuais e empresas que utilizam o sistema operacional atuam como doadores,[50] patrocinadores[51] e parceiros[52] da distribuição. O Linux Mint confia no feedback do usuário para tomar decisões e orientar seu desenvolvimento. O blog oficial geralmente apresenta discussões em que os usuários são solicitados a expressar sua opinião sobre os recursos mais recentes ou decisões implementadas para os próximos lançamentos. Ideias podem ser submetidas, comentadas e avaliadas pelos usuários através do site da comunidade Linux Mint.[53] EdiçõesLinux MintHá três edições do Linux Mint desenvolvidas pela equipe de desenvolvimento e que usam o Ubuntu como base, todas elas até o Linux Mint 19.3 Tricia têm versões de 32 e 64 bits. A partir da versão 20 Ulyana, só há versões em 64 bits:[54]
Começando com o lançamento do Linux Mint 19, a edição com KDE será oficialmente descontinuada; no entanto, os lançamentos 17.x e 18.x continuaram sendo suportados até 2019 e 2021, respectivamente.[56] Linux Mint Debian Edition (LMDE)A versão baseada em Debian Stable,[57] oficialmente batizada "Linux Mint Debian Edition" (LMDE), utiliza os repositórios Debian e dos próprios mantenedores do Linux Mint. Considerando os codecs e plugins automaticamente instalados, determinadas aplicações específicas e temas visuais para o sistema, o LMDE é uma distribuição Linux sem maiores modificações de um sistema Debian, com algumas diferenças para a versão Linux Mint[58][59]:
RecursosO Linux Mint usa principalmente software livre e de código aberto, fazendo exceções para alguns softwares proprietários, como plug-ins e codecs que fornecem reprodução de arquivos em MP3, MP4, WMA, WMV, entre outros. A inclusão de softwares proprietários no Linux Mint é incomum; muitas distribuições Linux não incluem software proprietário por padrão, já que um objetivo comum para algumas distribuições Linux é aderir ao modelo de software livre e de código aberto.[60][61][62] Softwares desenvolvidos pelo Linux MintCinnamonUm fork do GNOME Shell baseado nas inovações feitas no Mint Gnome Shell Extensions (MGSE). Lançado como um add-on para o Linux Mint 12 e disponível como ambiente de desktop padrão desde o Linux Mint 13.[63] ![]() ![]() MintTools
InstalaçãoMint4Win é um método de instalação do Linux Mint em dual-boot. A instalação por esse método é muito mais fácil, segura e rápida, podendo inclusive ser feita por quem não têm um conhecimento muito avançado de informática. A instalação cria um disco rígido virtual, sendo que o Linux Mint é instalado dentro dele, evitando assim a necessidade de particionamento do disco. Está disponível na versão 32 bits (x86) e 64 bits (x64) do Linux Mint e é suportado no Windows XP, Vista, 7, 8/8.1 e 10 (tanto versões x86 como x64). Para realizá-la basta montar a imagem ISO do Linux Mint com um programa emulador (Por exemplo: Daemon Tools), executar o arquivo mint4win.exe e clicar em "Instalar a partir do Windows". Digite um nome de usuário e senha, escolha o tamanho do disco virtual (até 30 GB), selecione instalar na partição do Windows (C:) e clique em "Instalar". Ao reiniciar o computador, a opção de boot já estará disponível. Porém, na primeira vez, o computador levará cerca de 20 minutos para realizar a instalação. RequisitosPara instalar o Linux Mint são recomendados[68][69]:
Ver tambémReferências
Ligações externas
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