A Linha 1 do Metrô de Salvador é uma das linhas do Metrô de Salvador cujo trajeto completo será da Lapa até Águas Claras, em Salvador, no Brasil. Esta foi a primeira linha do sistema, inicialmente construída pelo Consórcio Metrosal e, desde 2013, pela atual operadora CCR Metrô Bahia.[1] A linha segue importantes vias terrestres para pneus da cidade: a Avenida Bonocô (ou Avenida Mario Leal Ferreira) e a rodovia BR-324.[2] Foi inaugurada em junho de 2014 no trecho Lapa–Acesso Norte[3] e atualmente funciona da Lapa até Águas Claras.[4]
História
A construção da primeira linha metroviária soteropolitana foi iniciada em abril de 2000 pelo consórcio Metrô de Salvador S.A. (Metrosal).[5] Esse consórcio formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Siemens venceu a concorrência pública aberta durante a administração municipal de Antônio Imbassahy. O trajeto pretendido começaria na Lapa e iria até uma estação dentro de Cajazeiras, não acompanhando o trajeto da BR-324 após Pirajá. Houve diversas paralisações e o primeiro prazo de 2003 foi esticado a 2008 e o trecho após Pirajá foi ignorado e somente a metade do que ficou foi construído, a exceção da Estação Bonocô integrante do tramo 1 mas não erguida.[2]
As obras eram planejadas em quatro etapas incluindo uma segunda linha. A Linha 1 seria concluída até Cajazeiras já na segunda etapa. A primeira etapa seria da Lapa a Pirajá e a segunda, sua expansão com as estações de Mata Escura, de Pau da Lima e de Cajazeiras.[6][7] Mais tarde, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) estabelecido pela lei n.º 7400 de 2008 manteve o corredor metroviário e esboçou uma expansão da linha em direção ao norte, a Simões Filho, com possível última estação soteropolitana antes em Palestina.[8]
Após o extenso momento de obras não finalizadas, o sistema inteiro foi passado do Município de Salvador ao Estado da Bahia e nova licitação foi aberta em 2013.[9][10] A conclusão da linha 1 foi determinada pelo edital, bem como a construção da Linha 2 e a operação do sistema inteiro. A integração com a Linha 2 passou a ser prevista na Estação Bonocô e, após a Estação Pirajá, o trajeto previsto indicou a manutenção da linha ao lado da BR-324 com as estações Campinas em Campinas de Pirajá e Cajazeiras/Águas Claras em Águas Claras. Entretanto, esse trecho foi definido pelo edital a ser objeto de um projeto de extensão de elaboração da operadora Metrô Bahia.[11][12][13][14] Foram definidos também terminais de integração de passageiros metrô–ônibus: Acesso Norte e Pirajá (já existentes),[15][16] Bonocô e Retiro (a serem construídos),[2] e Águas Claras no caso da consecução do tramo de expansão.[2] A Estação da Lapa participa em outros termos, uma vez que será objeto de outra licitação.[10]
Em junho de 2014, a linha entrou em funcionamento com a inauguração das primeiras estações do sistema: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte.[3] Em agosto, a quinta estação foi inaugurada, a Estação Retiro, e confirmada a mudança da conexão entre as linhas, da Bonocô para a Acesso Norte.[17] Os primeiros bicicletários do sistema foram inaugurados em 5 de fevereiro de 2015, nas estações Acesso Norte e Retiro, com capacidade para 108 bicicletas cada.[18][19][20] Em abril de 2015, foi inaugurada a sexta estação, a Bom Juá e em novembro a sétima, Bonocô.[21][22] No final de dezembro de 2015, foi inaugurada a estação Pirajá, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do governador do estado da Bahia Rui Costa e do prefeito de Salvador ACM Neto, assim completando o projeto original a Linha 1 que previa 12 quilômetros de extensão.[23]
Em 13 de agosto de 2016, foi lançada a licitação para construção do tramo 3 da Linha 1, a fim de prolongá-la em 5,5 quilômetros até Águas Claras, no entroncamento com a Linha Vermelha.[24][4]
Em 14 de junho de 2023, a Estação Campinas entrou em operação, acrescentando 1,5 km de extensão ao sistema metroviário,[25] e em 26/12/2023 foi a vez da Estação Águas Claras.[4]
Estações
Pelo edital de concessão à CCR Metrô Bahia, todas as estações do metrô devem ter bicicletários instalados, em acompanhamento às diretrizes do projeto Cidade Bicicleta.[2] Por isso, esse e outros projetos futuros estão abaixo apresentados entre parêntesis.
↑Agência Multilateral de Garantia de Investimentos. «REGIONAL ACTIVITIES»(PDF). Grupo Banco Mundial. Consultado em 3 de abril de 2014
↑Ilce Marília Dantas Pinto de Freitas; Juan Pedro Moreno Delgado; Silvia Camargo Fernandes Miranda; José Lázaro de Carvalho Santos. «Centros Urbanos e seus Impactos na Mobilidade da Cidade de Salvador, Bahia»(PDF). Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia-EPUFBA. Consultado em 14 de abril de 2014 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)