A bitola larga no Brasil representa pouco mais de 4.050 km de trilhos, contra 23.489 km em bitola métrica e 202,4 km em bitola padrão. Existem também 336 km em bitola mista, isto é compartilhando as bitolas métrica e irlandesa.
Diante de tais comparações, podemos notar que a bitola larga/irlandesa pode ser significativamente mais cara para se implantar do que a bitola métrica.
A vantagem da bitola irlandesa no quesito "capacidade de tráfego" ainda pode ser bem discutível pois, por exemplo, a Estrada de Ferro Vitória a Minas, em bitola métrica, é atualmente considerada a ferrovia mais eficiente do Brasil.
Uma grande desvantagem da bitola métrica é o fato de os motores de tração (motores que movem os eixos da locomotiva de sistema Diesel-elétrico) estarem fisicamente limitados ao espaço entre os trilhos, com um limite a girar em torno dos 500 hp/eixo. Enquanto isso ocorre na bitola métrica, a bitola irlandesa já não possuiria tal limitação, pois poderia usar os mesmos motores de tração da bitola padrão (1.435 mm). Uma maior capacidade de carga (tonelagem) nos vagões, e por conseguinte nos trens, ficaria então limitada aos vagões e ao peso linear dos trilhos.