Lícia Lacerda (Rio de Janeiro, 1946) é uma cenógrafa, artista plástica, figurinista e carnavalesca brasileira. Foi campeã do carnaval do Rio de Janeiro de 1982 com o enredo Bum Bum Paticumbum Prugurundum, pelo Império Serrano. Também teve passagens por Imperatriz Leopoldinense, Tradição e Estácio de Sá.
Biografia
Lícia foi aluna[1] e professora na Escola Nacional de Belas Artes.[2] Na década de 1970, foi figurinista em peças de teatro junto com Rosa Magalhães.[3]
No carnaval, se juntou à equipe de Fernando Pamplona no Acadêmicos do Salgueiro para o desfile de 1971, assim como Rosa Magalhães.[4] Na época, a agremiação vermelho e branco venceu o carnaval carioca com o enredo Festa para um rei negro.[4] Em 1974, elaborou os figurinos da Beija-Flor.[5] No carnaval de 1977, estava na Portela.[6]
No carnaval de 1978, foi a responsável pela decoração do carnaval da Rua Marquês de Sapucaí junto com Rosa Magalhães, tendo feito com o tema Yes, Nós Temos Bananas.[7] Repetiram a parceria em 1981, com Passa, Passa Gavião, Passarinho, Passarão.[8]
Estreou como carnavalesca principal no carnaval de 1982, pelo Império Serrano.[9] Junto com Rosa Magalhães, assinou o enredo Bum Bum Paticumbum Prugurundum, que se sagrou o campeão daquele ano. A ideia veio de Fernando Pamplona, que queria abordar as três fases do carnaval carioca (Praça Onze, Candelária e Marquês de Sapucaí).[10] Pamplona não aceitou ser o carnavalesco da verde e branco e indicou Rosa e Lícia para a escola.[10] A agremiação terminou o carnaval como campeã, e foi a primeira vez que uma parceria feminina venceu o carnaval do Rio de Janeiro.[9][10]
No carnaval de 1984, foi para a Imperatriz Leopoldinense, onde assinou o enredo Alô Mamãe ao lado de Rosa Magalhães.[11] Fez parte do time de carnavalescos do primeiro desfile da Tradição, que estreou no quarto grupo com o enredo Pássaro Guerreiro, Xingu em 1985.[12] Venceu o carnaval daquele ano e foi campeã do desfile seguinte, com o enredo Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô.[13]
Para o carnaval de 1987, Lícia assinou junto com Rosa o enredo O Tititi do Sapoti para a Estácio de Sá.[14] Fez seu primeiro enredo solo em 1993, com Não Me Leve a Mal, Hoje É Carnaval, na Tradição, pelo grupo de acesso.[15] A agremiação terminou com o título daquela divisão.[16]
Continuou na Tradição para o carnaval de 1994, assinando o enredo Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar.[17] A agremiação terminou em sexto lugar, que ainda é a melhor posição da escola na elite do carnaval carioca.[16]
Para o carnaval de 1995, Lícia assinou para a Tradição o enredo Gira Roda, Roda Gira, contando a história da roda e fazendo referência à Fórmula 1 e a Ayrton Senna - o piloto havia falecido no ano anterior. [18]
É creditada como autora de Do Barril ao Brasil, enredo de 1996 para a Tradição, mas Lícia deixou a escola faltando menos de um mês para o desfile, sendo substituída por Orlando Júnior.[19] O enredo sobre a cerveja traria fantasias de barris e garrafas, mas muitos componentes não gostaram das peças.[20] A agremiação terminou rebaixada para o Grupo de Acesso.[21] Desde então, Lícia afastou-se da função de carnavalesca.[22]
Em 2007, a Estácio de Sá reeditou o enredo O Tititi do Sapoti. Lícia e Rosa Magalhães foram homenageadas com uma aparição no último carro alegórico.[23]
Referências
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