Mas papa Celestino III condenou o divórcio, e o seu sucessor papa Inocêncio III foi mais firme: revogou a decisão dos bispos, ordenou que Filipe se separasse de Inês e respeitasse o casamento com Ingeborg. Como não obtivesse uma reação do rei, pronunciou um interdicto (o equivalente à excomunhão para um território) sobre o reino da França a 13 de janeiro de 1200.
Com os fraceses proibidos de celebrar a liturgia e todos os sacramentoscatólicos e sem poderem dar um enterro cristão aos seus mortos, o papa pretendia criar um protesto dos súbitos contra o rei. Filipe fingiu ceder, enviou Inês para o convento de Poissy e trouxe Ingeborg de volta à corte, mas sem retomar a vida conjugal. Em contrapartida, preocupado com a sucessão mal assegurada por um único herdeiro, negociou o reconhecimento dos dois filhos sobreviventes havidos de Inês.
Filipe e Inês tiveram quatro filhos naturais, dos quais dois nados-mortos, e os outros dois posteriormente reconhecidos pelo papa Inocêncio III:
Levada a Senlis, na Picardia, morreu dois meses depois, a 20 de julho de 1201 em Poissy, ao dar à luz um segundo herdeiro varão ao rei, Filipe Hurepel. Foi sepultada no convento de Saint-Corentin em Mantes. A sua morte terá causado muito sofrimento rei que a amava,[2] mas também acabou por resolver o conflito deste com a Igreja, e Ingeborg seria rainha da França até à morte do monarca.