George Corley Wallace Jr. (Clio, 25 de agosto de 1919 – Montgomery, 13 de setembro de 1998) foi um político estadunidense, Governador do Alabama e candidato à presidência em 1968.[1] Membro do Partido Democrata, ele é mais lembrado por suas convicções segregacionistas e populistas.[2][3]
Biografia
Em 1937 ingressou na Universidade do Alabama, em Direito. Nesse ano morrem os seus pais. Combina os estudos com o boxe amador. Graduado em 1942, entra na Força Aérea para participar na Segunda Guerra Mundial em operações na Guerra do Pacífico. Em 1943, por doença, fica em grave perigo de morte e não continuará na tropa. Em 1946 é eleito pela primeira vez para o parlamento do Alabama nas fileiras do Partido Democrata, era pró-segregação racial.
Depois da sua derrota em 1958, é em 1962 eleito Governador do estado e recusa qualquer entendimento sobre a aplicação da política de direitos civis e anti-segregacionista. Em 14 de Janeiro de 1963 dirá a frase com que passará à história a propósito da segregação racial: "segregação agora e segregação sempre". Em 11 de junho do mesmo ano manifesta nos meios de comunicação nacionais a sua oposição à política de integração racial na Universidade do Alabama, pondo um repto ao então Presidente dos Estados Unidos da América, John Fitzgerald Kennedy, por ocasião da aplicação da ordem judicial que obrigava a Universidade a matricular e permitir a assistência às aulas de Vivian Malone e John Hood.
A sua atitude política leva-o a abandonar o Partido Democrata e a apresentar-se como candidato a Presidente dos Estados Unidos pelo Partido Independente Americano na eleição de 1968, ficando em terceiro lugar mas vencendo alguns estados do sudeste. Retorna ao Partido Democrata após sua derrota e em 1970 é eleito novamente Governador do Alabama. Na eleição de 1972, outra vez nas fileiras do Partido Democrata, mas afastou-se da disputa após sofrer uma tentativa de assassinato, tenta de novo fazer a corrida presidencial e, ainda uma outra vez, para a eleição de 1976, sempre sem êxito.
Em 1979, pela primeira vez, arrepende-se em público das suas atitudes racistas, enviando cartas a diferentes líderes americanos de direitos civis. Foi eleito de novo Governador em 1982. Em 1992, afirmou que votou no Partido Republicano para a presidência, pela primeira vez na vida, o fazendo novamente em 1996. Segundo Wallace, Bill Clinton era "liberal [de esquerda] demais". Ainda em 1992, seu filho, George Jr, se filiou aos Republicanos.[4]
Nos últimos anos da vida, sua saúde passou a sofrer, ficando surdo e sendo acometido da Doença de Parkinson.[4] Wallace faleceu em 1998, aos 79 anos, de choque séptico. Ele foi enterrado no Cemitério Greenwood, em Montgomery (Alabama).[5]
Ver também
Referências