Como Ferrara era um feudo papal, os Este converteram-se em vigários papais, em 1332. Sob o reinado de Nicolau III d'Este (1384-1441), Ferrara converteu-se num centro cultural de primeira ordem. Com seus sucessores, Ferrara converteu-se em uma das mais brilhantes cortes da Europa. Em 1452 seus governantes receberam o título de Duques de Módena e Régio das mãos do imperador Frederico III, e o de Duque de Ferrara do Papa Paulo II, em 1471.
Um dos mais renomados e poderosos duques foi Afonso d'Este (1486-1534), Duque de Ferrara desde 1505. Afonso foi um ambicioso príncipe renascentista, que forjou alianças com a França e a Espanha contra o Papado.
Esteve casado com Lucrécia Bórgia e criou em Ferrara uma esplêndida corte que atraiu famosos escritores (Ludovico Ariosto, poetas e pintores (Giovanni Bellini, Tiziano). Sua irmã Beatriz, casou com Ludovico Sforza, Duque de Milão, em 1491. Entrou primeiro na Liga de Cambrai contra Veneza (1508), e permaneceu aliado a Luís XII de França, inclusive quando o Papa Júlio II tinha firmado um acordo de paz com Veneza. O papa declarou perdidos os feudos dos Este e excomungou Afonso (1510). Módena e Régio foram perdidas. Entretanto, em 1526-1527, Afonso participou da expedição do imperador Carlos V contra o Papa Clemente VII, o qual, em 1530, havia reconhecido Afonso como possuidor dos ducados que havia dominado a família d'Este.
Em 1597, a linha direta da família Este acabou. Ainda que o último duque, Afonso II d'Este, testamentasse em favor de seu primo César d'Este, pertencente ao ramo menor Montecchio da família, originalmente ilegítimo e só posteriormente legitimado, o Papa Clemente VIII recusou a reconhecer os direitos de César e incorporou Ferrara (feudo papal) aos Estados Pontifícios. Ainda que o imperador Rodolfo II reconhecesse os direitos de César sobre Módena e Régio, a perda de Ferrara fez com que os Este perdessem a relevância política que desfrutavam até então. Continuaram governando o Ducado de Módena e Régio até 1796, quando Napoleão Bonaparte o incorporou à República Cisalpina com a assinatura do Tratado de Campoformio.
Áustria-Este
Em 1814, como parte das cláusulas do Tratado de Viena o ducado foi restaurado sob o neto do último Duque d'Este, Francisco IV, pertencente à Casa de Habsburgo, iniciando a dinastia dos Áustria-Este.
A origens da família, provavelmente de nobrezafranca, datam da época de Carlos Magno, no começo do século IX, quando se estabeleceram na Lombardia. Os primeiros membros da família construíram um castelo em Este, perto de Pádua e tomaram seu nome daquela região.
A cidade de Ferrara se tornou um grande centro cultural italiano quando do governo de Nicolau III d'Este (1384–1441), que recebeu vários papas, especialmente o papa Eugênio IV, que organizou lá um concílio em 1438, mais tarde conhecido como Concílio de Florença .
Embora tenha elevado a glória de Ferrara a seu ápice e tenha sido o patrono de Torquato Tasso e Giovanni Battista Guarini, favorecendo as artes e as ciências, como todos em sua família, a linha sucessória legítima terminou com ele em 1597. O imperador Rodolfo II reconheceu como herdeiro seu primo César d'Este (1533-1628). Ferrara, por sua vez, foi anexada em 1598 pelo papa Clemente VIII e foi incorporada aos Estados Pontifícios.
As armas originais da família Este eram: de azul, uma águia de prata armada e coroada de ouro.
Gradualmente, estas armas foram acrescidas de novos elementos, consoante a família foi ganhando importância, com a aquisição de novos feudos (Ferrara, Módena e Régio da Emília) e novas honras e cargos (gonfaloneiro da Santa Sé).
O último brasão da galeria seguinte, representa as armas do ramo Habsburgo-Este, actuais representantes da herança dos Este.