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Eleições estaduais no Paraná em 1955
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3 de outubro de 1955 (Turno único)
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Candidato
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Moisés Lupion
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Mário Batista de Barros
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Partido
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PSD
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PTB
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Natural de
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Jaguariaíva, PR
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Não disponível
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Vice
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Não havia
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Não havia
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Votos
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185.108
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151.152
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Porcentagem
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41,23%
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33,67%
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Resultado por município:
Moysés Lupion (91 municípios)
30–39% (8)
40–49% (33)
50–59% (31)
60-69% (15)
70-79% (3)
80-89% (Sº Pedro do Ivaí)
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Mário de Barros (53 municípios)
30–39% (8)
40-49% (22)
50–59% (20)
60-69% (3)
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Othon Mader (5 municípios)
30–39% (2)
40-49% (2)
50-59% (Pitanga)
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Luís Tourinho (3 municípios)
40–49% (3)
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As eleições estaduais no Paraná em 1955 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em nove estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos em simetria com o mandato presidencial. No caso paranaense foi eleito apenas o governador Moisés Lupion, pois inexistia o cargo de vice-governador e houve eleições parlamentares em 1954.[nota 1][nota 2][nota 3][1]
Natural de Jaguariaíva, Moisés Lupion residiu em Curitiba e São Paulo onde se formou em Contabilidade pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. De volta ao Paraná fixou-se em Piraí do Sul onde dedicou-se ao comércio e à agricultura até ingressar na indústria madeireira e firmar-se como empresário.[2] Sua vida política começou nos estertores do Estado Novo quando chegou à presidência do diretório estadual do PSD no Paraná e por esta legenda foi eleito governador do estado em 1947 e senador em 1954, mandato ao qual renunciou em prol do suplente a fim de assumir o Palácio Iguaçu.[nota 4]
Efeito colateral da eleição ao governo estadual, a cadeira de Moisés Lupion no Senado Federal foi objeto de controvérsia, afinal seus pares concordaram em conceder-lhe uma licença de sessenta meses a fim de que o referido político pudesse assumir seu cargo no Executivo sem perder o mandato legislativo, situação vivida também por Dinarte Mariz, eleito governador do Rio Grande do Norte em 1955. Dada a repercussão negativa da manobra, os senadores aprovaram uma resolução impedindo o acúmulo de mandatos eletivos e assim os dois optaram por continuar à frente do governo de seus estados.[3] Para ocupar a vaga em aberto foi empossado Alô Guimarães, que era suplente de Moisés Lupion. O suplente em questão era também senador efetivo e renunciou ao próprio mandato em favor de Gaspar Veloso e assim pôde ocupar o assento que pertencia ao agora governador do Paraná.[4][5][nota 5]
Resultado da eleição para governador
Em relação à disputa pelo governo estadual os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 474.117 eleitores, dos quais 448.966 foram votos nominais ou votos válidos. Houve também 18.458 votos em branco (4,11%) 6.693 votos nulos (1,49%).[1]
Candidato a governador do estado
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Candidato a vice-governador |
Número |
Coligação |
Votação |
Percentual
|
Moisés Lupion PSD |
Não havia - |
- |
PSD, PDC, PTN (nome indisponível) |
185.108 |
41,23%
|
Mário Batista de Barros PTB |
Não havia - |
- |
PTB, PR (nome indisponível) |
151.152 |
33,67%
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Othon Mader UDN |
Não havia - |
- |
UDN (sem coligação) |
66.207 |
14,74%
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Luís Tourinho PSP |
Não havia - |
- |
PSP (sem coligação) |
46.082 |
10,27%
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Carlos Osório PSB |
Não havia - |
- |
PSB (sem coligação) |
417 |
0,09%
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Eleito
Notas
- ↑ Os nove estados onde houve eleição direta para governador em 1955 foram: Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina.
- ↑ Os governadores eleitos em 1947 terminariam seus mandatos no mesmo dia que o presidente Eurico Gaspar Dutra e a partir de então alguns estados fixaram em cinco anos o mandato de seus governadores na ausência de uma vedação constitucional, e assim os estados acima faziam eleições a cada lustro. Goiás e Guanabara aderiram à regra do quinquênio em 1960.
- ↑ Como inexistia a figura do vice-governador, o presidente da Assembleia Legislativa assumiria quando preciso.
- ↑ Sua passagem pelo ramo madeireiro ocorreu sob as cores da empresa Clevelândia Industrial e Territorial (Citla), a qual desenvolveu ainda projetos de colonização agrária.
- ↑ Provavelmente a decisão inicial em favor de Dinarte Mariz e Moisés Lupion tem origem no capítulo referente ao Poder Legislativo na Carta de 1946 cuja temática não previa a renúncia de parlamentares para assumir o governo de seus estados.
Referências
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Em itálico as ocasiões em que não houve eleição direta para governador. |
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Eleição | | |
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Eleições estaduais | |
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