Natural de Caxias, João Castelo foi assistente de gabinete da prefeitura de São Luís (1954-1955) durante a administração, Orfila Cardoso Nunes, depois trabalhou como conferente do tesouro estadual e em 1956 ingressou no Banco da Amazônia mediante concurso público, chegando ao posto de gerente em Codó, Coroatá e São Luís, até alcançar a direção das carteiras de fomento nas áreas de fomento, produção e crédito rural. Membro da Comissão Consultiva Bancária do Conselho Monetário Nacional a partir de 1966, graduou-se como técnico em Administração no Conselho de Federal de Técnicos de Administração no Rio de Janeiro quatro anos depois.[5] Eleito deputado federal via ARENA em 1970 e 1974, aliou-se a José Sarney e foi eleito governador do Maranhão por via indireta em 1978. Durante o mandato estabeleceu-se como empresário ao fundar o Jornal de Hoje.[6]
Cento e cinco dias após a morte de Artur Carvalho, renunciou João Castelo. Caberia ao deputado Albérico de França Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, assumir o governo estadual, todavia ele renunciou em 7 de maio de 1982. Dias antes, os deputados estaduais mudaram o regimento interno do poder legislativo em regime de urgência, garantido ao primeiro vice-presidente da casa o direito de assumir o governo, medida favorável a Ivar Saldanha, embora a constituição estadual determinasse a posse do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Antônio de Almeida e Silva.[10] Tamanha reviravolta pretendia assegurar a candidatura de José Sarney ao Palácio dos Leões, algo proibido por lei se Albérico de França Ferreira, tio do senador, assumisse o cargo. João Castelo também não desejava passar o comando do estado a Albérico Ferreira e solicitou sua renúncia para que pudesse fazer um sucessor no estado. Pouco depois, Ferreira tornou-se conselheiro no Tribunal de Contas, Luís Rocha foi eleito governador e o mandato de Ivar Saldanha foi prorrogado e terminou em 15 de março de 1983.[11][12][13][14][15][16][17][18]
Resultado da eleição para governador
O Colégio Eleitoral do Maranhão era composto por 268 membros sendo dominado pela ARENA. Houve um voto em branco (0,37%) e oito votos (2,99%) não foram informados.
Nascido em Coroatá, o jornalista Américo de Souza começou a trabalhar aos treze anos, obtendo seu registro profissional em 1950. Candidato a vereador em São Luís pelo PST nesse ano, não se elegeu. Advogado formado pela Universidade Federal do Maranhão em 1955, tornou-se promotor de justiça em Monção, afastando-se para assumir uma diretoria na Real Transportes Aéreos, no Rio de Janeiro. Em 1960 mudou para Brasília e assumiu a vice-presidência do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, além de ser um dos fundadores da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal. Quando a Varig comprou a Real Transportes Aéreos em 1961, manteve-se como diretor da empresa.[28] Suplente de deputado federal pelo PSD do Rio Grande do Norte em 1962, elegeu-se deputado federal pela ARENA do Maranhão em 1966 e 1970. Graduado em Administração no Centro Universitário de Brasília, candidatou-se a senador via sublegenda em 1978, sendo realocado como primeiro suplente de José Sarney. Quando o titular renunciou para assumir a vice-presidência da República, Américo de Souza já havia saído do PDS e foi efetivado senador via PFL em 18 de março de 1985, mandato do qual abdicou no final do ano seguinte em troca de uma cadeira no Tribunal Superior do Trabalho. Nesse ínterim, foi derrotado ao buscar a reeleição em 1986.[29][30]
A eleição para senador biônico levou à recondução de Alexandre Costa a uma cadeira que o mesmo conquistou por voto direto em 1970. Houve um voto em branco (0,37%) e oito votos (2,99%) não foram informados.
Dados conforme o Tribunal Superior Eleitoral, cujos dados informam a ocorrência de 638.402 votos nominais (84,19%), 69.994 votos em branco (9,23%) e 49.910 votos nulos (6,58%), resultando no comparecimento de 758.306 eleitores.
↑ abQuando um partido lançar dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará o respectivo suplente. Neste caso, o mais votado será eleito, tendo como primeiro suplente o candidato que não foi eleito e como segundo suplente aquele registrado na chapa vitoriosa.
↑ abAs sublegendas da ARENA conseguiram 476.530 votos nominais (74,64%), enquanto a candidatura única do MDB apurou 161.872 votos nominais (25,36%), recorde oposicionista até então.
↑ abDurante quase toda a legislatura, o suplente José Marão Filho exerceu o mandato de deputado federal graças à passagem de Temístocles Teixeira e Magno Bacelar pela secretaria de Justiça no governo João Castelo.