Eleições estaduais no Maranhão em 1986
As eleições estaduais no Maranhão em 1986 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições em 23 estados, no Distrito Federal e nos territórios federais do Amapá e Roraima. Foram vitoriosos nesse dia o governador Epitácio Cafeteira, o vice-governador João Alberto Souza, os senadores Alexandre Costa e Edison Lobão, além de 18 deputados federais e 42 deputados estaduais numa época onde não havia dois turnos em eleições majoritárias.[1][nota 1] Paraibano de João Pessoa, o governador Epitácio Cafeteira é técnico em contabilidade formado em Alagoas e bancário com origens políticas na UDN sendo eleito prefeito de São Luís em 1965. Naquele ano o bipartidarismo imposto pelo Regime Militar de 1964 o levou ao MDB pelo qual perdeu a eleição para senador em 1970 e foi eleito deputado federal em 1974 e 1978. No Governo João Figueiredo ingressou no PMDB e foi presidente do diretório estadual do partido reelegendo-se deputado federal em 1982. Em sua vida pública o governador Epitácio Cafeteira ora agia como aliado, ora como adversário do presidente José Sarney, por quem foi apoiado para chegar ao governo estadual ostentando o recorde de 81,02% dos votos válidos.[2][nota 2] O governador Luís Rocha negou apoio ao vencedor, alegando razões políticas.[3] Para vice-governador foi eleito o economista João Alberto Souza. Nascido em São Vicente Ferrer e formado à Universidade Cândido Mendes, foi eleito deputado estadual pela ARENA em 1970 e, após ficar numa suplência, foi eleito deputado federal em 1978 e 1982 quando já estava filiado ao PDS.[4] Durante seu segundo mandato votou pela Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[5] Eleito vice-governador pelo PFL, chegou a titular quando Epitácio Cafeteira renunciou para concorrer ao mandato de senador, porém só foi confirmado após disputa judicial com Ivar Saldanha, presidente da Assembleia Legislativa,[6] que alegava direito ao cargo porque João Alberto fora eleito prefeito de Bacabal em 1988 e com isso não poderia ocupar o Palácio dos Leões, mesmo tendo se licenciado para assumir a prefeitura.[nota 3] Resultado da eleição para governadorSegundo o arquivo do Tribunal Superior Eleitoral os votos nominais foram assim distribuídos:
Eleito
Biografia dos senadores eleitosAlexandre CostaO senador eleito mais votado foi o engenheiro civil Alexandre Costa. Formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele nasceu em Caxias e começou sua vida política no governo Eugênio de Barros, que o nomeou prefeito de São Luís e depois secretário de Justiça. Em 1955 foi eleito vice-governador do Maranhão pelo PSD, contudo uma grave crise política adiou sua posse para julho de 1957 e quando assumiu seu cargo no executivo estava filiado ao PSP, legenda comandada por Ademar de Barros.[8] Eleito suplente de deputado federal em 1962, foi efetivado a com cassação de Neiva Moreira sendo reeleito pela ARENA em 1966.[8] No ano de 1970 foi eleito senador sendo reconduzido ao mandato por via indireta em 1978.[nota 4] Filiado ao PDS, votou em Paulo Maluf na eleição presidencial indireta de 1985, ingressou depois no PFL e obteve o terceiro mandato consecutivo de senador.[9] Edison LobãoO outro senador eleito foi o jornalista Edison Lobão. Nascido em Mirador, trabalhou nos jornais Correio Braziliense e Última Hora, na revista Maquis e na Rede Globo no Distrito Federal. Advogado formado pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, foi consultor da extinta Telebrasília e assessorou órgãos como o Ministério de Viação e Obras Públicas e o Ministério do Interior. Eleito deputado federal pela ARENA e a seguir pelo PDS do Maranhão em 1978 e 1982, votou contra a Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985,[10] o que não impediu seu posterior ingresso no PFL.[11] Resultado da eleição para senadorCom informações do Tribunal Superior Eleitoral.
Eleitos
Deputados federais eleitosSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Deputados estaduais eleitosNa divisão das 42 vagas por coligação a "Aliança Democrática" conquistou trinta e quatro cadeiras contra seis das "Oposições Coligadas" e duas do PDT. Notas
Referências
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