Antes que a Justiça Eleitoral decidisse em prol de Eugênio de Barros, seu opositor, Saturnino Bello, foi aclamado vencedor pelas urnas, todavia denúncias de fraude levaram a uma "depuração" de seus votos até que o rival o superasse.[2] Antigo interventor federal e vice-governador em fim de mandato, Saturnino Bello faleceu a 16 de janeiro de 1951 vítima de derrame cerebral em meio às polêmicas que surgiram. O imbróglio político maranhense começou quando a oposição contestou a derrota nas urnas pelo que chamou de "manobra" e em razão disso manifestações na capital do estado resultaram num desagrado popular temperado por conflitos, tiroteios e mortes,[3][4] exigindo a intervenção da Polícia Militar do Estado do Maranhão e do Exército Brasileiro via Décima Região Militar. O novo governador teria cinco anos de mandato a começar em 31 de janeiro de 1951,[nota 5] todavia uma disputa judicial fez com que o poder fosse entregue ao desembargador Traiaú Rodrigues Moreira. Empossado em 28 de fevereiro por decisão do Tribunal Superior Eleitoral,[5] Eugênio de Barros deixou o cargo em 14 de março em prol do deputado César Aboud, presidente da Assembleia Legislativa.
↑Embora tenha se abrigado no PSD após a queda do Estado Novo, o "vitorinismo" transitou por legendas como o Partido Proletário do Brasil (PPB). Com a extinção desta legenda e a criação do PST a claque "vitorinista" aderiu ao partido em questão e nele Vitorino Freire foi candidato a vice-presidente da República e embora tenha ficado em penúltimo lugar na soma dos votos recebidos em todo o Brasil, foi o mais votado no Maranhão e este fato assegurou a vitória de Eugênio de Barros ao Palácio dos Leões
↑À época a eleição para presidente e vice-presidente da República acontecia em separado, daí a candidatura "solitária" de Vitorino Freire.
↑Somente a partir de 1970 é que os governadores de estado passaram a tomar posse no mesmo dia e a ter mandatos de igual duração.
↑Entre 1950 e 1962 a escolha do vice-governador nos estados brasileiros ocorria em disputa à parte e não numa chapa conjunta, situação igual à dos senadores e seus suplentes.
↑ abGraças às minúcias da legislação vigente à época, Newton Belo foi eleito simultaneamente suplente de senador e também deputado estadual.
↑Costa Rodrigues foi empossado deputado federal em 29 de outubro de 1951 devido às eleições suplementares de setembro.
↑As "Oposições Coligadas" são uma aliança formada por seis partidos (PSD, UDN, PSP, PTB, PR, PL) em 1950 cuja filiação individual dos deputados estaduais eleitos será determinada paulatinamente. No caso desta relação foram consultadas edições do jornal O Combate.