Em 16 de junho de 1958, um Convair 440 prefixo PP-CEP da Cruzeiro do Sul sobrevoava São José dos Pinhais (onde situa-se o Aeroporto Internacional de Curitiba) sob chuva intensa e forte ventania após uma viagem iniciada em Porto Alegre. Devido ao mau tempo, as condições de pouso não eram ideais e a aeronave sobrevoou a cidade antes de dirigir-se a uma área aberta onde o avião chocou-se contra uma araucária localizada numa elevação do terreno, detalhe ignorado ante as más condições de visibilidade, danificou uma asa, perdeu o controle e chocou-se contra o solo partindo-se em dois.[2] Dentre os mortos, estavam o governador Jorge Lacerda, o senador Nereu Ramos, o deputado Leoberto Leal. Consumado o infausto acontecimento, Heriberto Hülse assumiu o governo catarinense e os parlamentares mortos foram substituídos pelos respectivos suplentes.[3][nota 2]
Natural de Itajaí, o banqueiro Irineu Bornhausen trabalhou na Companhia Nacional de Navegação como despachante aduaneiro, estabelecendo-se a seguir nas profissões de comerciante e industrial.[8] Em 1923 e 1927 foi eleito vereador em Itajaí, ascendendo à presidência da Câmara Municipal. Impedido pela Revolução de 1930 de assumir como prefeito após vencer as eleições naquele ano,[9] foi eleito para o mesmo cargo em 1936, renunciando ao mandato após três anos, quando o país já vivia sob o Estado Novo.[9] Cunhado de Adolfo Konder e Vítor Konder, pertenceu ao Partido Republicano Catarinense em tempos idos. Ingressou na UDN em 1945 e presidiu o diretório estadual mais de uma vez. Derrotado por Aderbal Ramos da Silva ao lutar pelo governo catarinense em 1947,[10] venceu em 1950, sendo eleito senador em 1958 ao impedir a recondução de Gomes de Oliveira.[1]
↑Conforme exposto acima, Nereu Ramos foi substituído por Francisco Gallotti enquanto Leoberto Leal deu lugar a Serafim Bertaso.
↑Lúcio Correia foi o senador menos votado dentre os senadores eleitos por Santa Catarina em 1947, razão pela qual recebeu um mandato de quatro anos.
↑Eleito vice-governador de Santa Catarina em 1960, Doutel de Andrade não assumiu o cargo e manteve o mandato parlamentar porque não foi chamamdo a assumir o executivo estadual.
↑Irineu Bornhausen foi eleito senador e deputado federal no mesmo pleito conforme permissão da Lei Agamenon Magalhães, optando pelo primeiro cargo. Com isso, sua vaga na Câmara dos Deputados coube a Wanderley Júnior, primeiro suplente de sua coligação.
Piazza, Walter: O poder legislativo catarinense: das suas raízes aos nossos dias (1834 - 1984). Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1984.