A Dragões da Real foi fundada em 17 de março de 2000 por alguns associados da torcida do São Paulo que já frequentavam algumas escolas de samba. A decisão em fundar uma nova escola teve o objetivo de proporcionar maior integração e cultura aos associados.[2]
Em seu primeiro ano de existência, na preparação para seu desfile inicial, a agremiação se defrontou com dificuldades, a UESP (entidade a qual a Dragões se filiou) não repassara a verba às escolas de samba do Grupo de Espera. Desse modo, todo o trabalho carnavalesco foi feito através de trabalhos voluntários e um grande aporte financeiro da torcida e de alguns associados que se mobilizaram a fim de colocar a Dragões em condições de desfilar.
Em 2001, logo na sua estreia a agremiação tornou-se campeã, obtendo o título do grupo 4 da UESP.
No ano de 2002, já no Grupo III, a agremiação acabou passando por alguns problemas ficando na 5º colocação.
Em 2003, voltando a disputar o Grupo III, tornou-se campeã novamente, ascendendo assim ao Grupo II.
Em 2004 já no Grupo II, a agremiação sagrou-se novamente campeã. Tal conquista propiciou à agremiação a oportunidade de desfilar no sambódromo do Anhembi pela primeira vez em sua, até então ,curta história de 4 carnavais.
Em 2005 disputando com escolas de samba tradicionais, que inclusive já haviam participado do Grupo Especial, a agremiação em seu primeiro ano de desfile no Anhembi alcançou a 2ª colocação e conseguiu ascender mais uma etapa, assim passando a figurar em 2006 entre as escolas do Grupo de Acesso.
Com essa ascensão, os ensaios, alegorias, fantasias, enfim tudo na escola passou a tomar vulto e paulatinamente a estrutura de trabalho foi aumentando e com isso a participação dos associados e simpatizantes também aumentou.
Nos anos de 2006, 2007 e 2008 a agremiação disputou o Grupo de Acesso vindo a terminar seguidamente na mesma colocação nesses anos, o 5º lugar. Em 2009, obteve o terceiro lugar.
Em 2010 a escola fez o desfile com enredo Renovação… Assim Caminha a Humanidade, a escola era indicada como uma das favoritas a conseguir o acesso, mas suas notas no quesito Evolução não foram boas. Por isso, acabou empatada com a Unidos do Peruche no cômputo geral, mas ficou atrás desta com os critérios de desempate, com novo terceiro lugar.[3]
Com o enredo sobre Contos, em 2011 sagrou-se campeã do Grupo de Acesso, assim conseguindo o acesso ao Grupo Especial.[4]
Em 2012 foi a primeira escola a desfilar no sábado (18 de fevereiro de 2012), desfile que rendeu à escola acabou uma honrosa 7ª colocação.
Em 2013 a escola falou de seu próprio símbolo, o Dragão, apresentando a figura em diversas mitologias, em filmes como "Coração de Dragão" e até no desenho animado Caverna do Dragão. O desfile foi considerado surpreendente pela crítica, superou a Império de Casa Verde no quesito de desempate, rendendo à Dragões a 4ª posição.
Para 2014, contratou a carnavalesca Rosa Magalhães para elaborar seu desfile. A Dragões apresentou o enredo "Um Museu de Grandes Novidades", que abordava a cultura pop das décadas de 1970 e 80, fez um belíssimo desfile, com alegorias grandiosas, mas obteve o quinto lugar mesma pontuação que a Tucuruvi que no critério de desempate pecou em harmonia.
Em 2015 apresentou o enredo "Acredite Se Puder!" buscando o tão sonhado título, o enredo lúdico contava a historia de um livro de mesmo nome do enredo, onde apresentava fadas, duendes, bruxas e outras figuras e lugares fantásticos. Apesar do desfile correto sem grandes falhas acabou na 5ª posição e garantiu o retorno ao desfile das campeãs. Para comemorar seus 15 anos em 2016 a escola leva a historia de presentes para a avenida com o enredo "Surpresa! Adivinha o que eu trouxe pra você", o tema abordou das lembrancinhas aos presentes das datas especiais e com bom humor lembrou ainda dos presentes ruins. Fez um desfile caprichado e divertido, mas não chegou a impactar terminando na 6ª posição.
Após o resultado do ano anterior a escola mudou seu foco em enredo lúdico e pra 2017 escolheu o enredo "Dragões canta Asa Branca", o tema contou a história da música que é considerado um verdadeiro hino para o povo nordestino. Com um desfile vibrante e samba envolvente fez uma festa nordestina na avenida, com isso a escola conquistou um inédito vice-campeonato do Carnaval de São Paulo. A Dragões liderou até a última nota da apuração, quando empatou na pontuação final com a Acadêmicos do Tatuapé, mas no critério de desempate perdeu no quesito samba-enredo. Vice-campeã no ano anterior, a Dragões da Real contou em 2018 a história da música sertaneja no Brasil, através do tema "Minha música, minha raiz. Abram a porteira para essa gente caipira e feliz" fez uma grande referência à cultura popular brasileira. A escola fez festa do interior no Anhembi e misturou samba com sertanejo de raiz, exaltou a música caipira e cultura do campo. Ficou com quinto lugar após perder ponto apenas em alegorias.
Para 2019 a escola trouxe o enredo A invenção do tempo, Uma odisseia em 65 minutos. Retratou de forma clara e objetiva o tema proposto, trazendo um dos abre-alas mais bonitos do ano. Com um desfile técnico e bem sucedido, como é de praxe nos desfiles da Dragões, a escola mais uma vez bateu na trave, ficando com um honroso 2° lugar, à apenas um décimo de diferença da primeira colocada.
Em 2020 falando sobre a Revolução do Riso, trouxe um enredo com um apelo social significativo e também homenageando os Doutores da Alegria. O desfile também marca a despedida de Simone Sampaio do posto de rainha da Bateria Ritmo que Incendeia, sendo este seu último desfile pela agremiação. A escola entra animada, com uma linda comissão de frente e faz um belo desfile técnico, mas perde pontos em fantasia, bateria e alegorias, que não estavam de fácil entendimento, exemplo do carro abre-alas que era bem confuso, embora o Dragãozinho tenha sido a atração mais simpática do carro. Conseguiu neste ano um modesto 6º lugar, fechando o ciclo de trabalhos do carnavalesco Mauro Quintaes na agremiação.
Para 2021, a escola tinha Jorge Silveira como carnavalesco e pretendia contar com o tema "O dia em que a Terra parou", que traria para o Anhembi um cenário quase apocalíptico (inspirado nos acontecimentos globais causados pelo coronavírus) e que serviria como forma de reflexão para nossos atos.[5] No entanto, após o adiamento dos desfiles para abril de 2022, os dirigentes da Dragões decidiram mudar o foco, trabalhando em cima do enredo "Adoniran", sobre o gênio do samba paulistano.[6] Última escola a desfilar no primeiro dia do carnaval, a Dragões fez uma apresentação bonita, mas distante do clima arrebatador de outros anos. Além disso, a primeira porta-bandeira passou mal e teve de ser retirada às pressas da pista no meio do desfile[7], o que comprometeu a escola aos olhos dos jurados, que na apuração, a despontuaram com três décimos, fazendo com que a Dragões da Real ficasse em um decepcionante 7º lugar.
Em 2023, reforçou seu time com o carnavalesco multicampeão Jorge Freitas, que colecionou títulos nas co-irmãs Gaviões da Fiel, Rosas de Ouro, Império de Casa Verde e Mancha Verde. Para o desfile, propôs um enredo sobre a Paraíba, com o título "Paraíso Paraibano – João Pessoa, a Porta do sol das Américas".[8] A agremiação fez uma bonita e correta apresentação ao fechar o sábado de carnaval. Conseguiu um modesto quinto lugar, voltando ao Desfile das Campeãs pela primeira vez desde 2019. Jorge Freitas renovou com a escola dias depois.
O Misterioso Mundo Marinho com suas Lendas, Encantos e Riquezas
Horácio Rabaça
2006
5º lugar
Acesso
O Homem Há de Voar — Um Sonho que Virou Realidade
Horácio Rabaça
2007
5º lugar
Acesso
Aportei nesta Avenida em Busca do nosso Seguro
Marcelo Jorge
2008
5º lugar
Acesso
Fé, Ciência e Compromisso Social: A Dragões se Veste de Luz neste Carnaval Compositores: Fabio Bonfim, Tico, Daniel Collête, Beto Zona Sul e Silvio Negão.
Paulo Führo
2009
3º lugar
Acesso
Bem-Vindos à Idade Mídia Compositor: Armênio Poesia.
Minha música, minha raiz! Abram a porteira para essa gente caipira e feliz! Compositores: Armênio Poesia, Xandinho Nocera, Léo do Cavaco, Ronaldo Maransaldi, Renne Campos, Paulo Senna, Alemão do Pandeiro, Fabio Brazza, CG e Wagner Rodrigues.
A Invenção do Tempo - Uma odisseia em 65 minutos Compositores: Armênio Poesia, Xandinho Nocera, Léo do Cavaco, Galo, Ronaldo Maransaldi, Renne Campos, Paulo Senna, Alemão do Pandeiro, Fábio Brazza, CG e Wagner Rodrigues.
Compositores:Thiago SP, Léo do Cavaco, Renne Campos, Marcelo Adnet, Darlan Alves, Rodrigo Atração, Alemão do Pandeiro, Wanderley Monteiro, Paulo Senna, André Carvalho e Tigrão