Possuía, em 2010, uma população de 674.346 habitantes no seu território.[5][nota 1] Este é composto por trinta e cinco municípios com trinta e oito paróquias em seis vicariatos; faz limite com as dioceses de Barra, Livramento de Nossa Senhora e Bom Jesus da Lapa na Bahia, de Janaúba e Januária, em Minas Gerais.[2]
Histórico
A freguesia de Santana de Caetité foi criada ainda em 1754, desmembrada da de Minas de Rio de Contas, por provisão do Arcebispo José Botelho de Matos, determinando nesta que sua igreja fosse reformada para se adequar à nova condição, ocupando um imenso território que a partir de 1840 foi se desmembrando: em 1840 as freguesias de Mãe de Deus e Mãe dos Homens (Palmas de Monte Alto) e de Nossa Senhora das Vitórias (Vitória da Conquista); em 1849, Nossa Senhora do Gentio (com sede onde hoje está a barragem de Ceraíma, em Guanambi); 1857, Nossa Senhora da Boa Viagem das Almas (Jacaraci); 1860, Santo Antônio da Barra (Condeúba); 1861, Senhor Bom Jesus (Brumado); 1874, Nossa Senhora do Rosário (no distrito caetiteense de Caldeiras); 1876, Santo Antônio das Duas Barras (Urandi); 1877, São Sebastião do Amparo das Umburanas (Guirapá, anexada à de Urandi) e, finalmente, São Sebastião do Cisco (Ibiassucê, depois transferida para Caculé).[6]
No começo do século XX, a instâncias do Monsenhor Luís Pinto Bastos, foi elevada a sede de bispado. A cidade tivera, então, um certo progresso com a instalação de uma Escola Normal, fechada em 1903; poucos anos depois a Missão Presbiteriana do Brasil Central, capitaneada pelo pastor Henry John McCall, fundara na cidade a "Escola Americana", provocando a reação católica com a vinda de um colégio jesuítico (instalado nas dependências da extinta Escola Normal) e, em 1913, com a criação da diocese.[7] A atuação do Monsenhor Bastos teria sido não por uma questão de fé, mas fruto dos embates políticos do missionário em afirmar a preponderância da Igreja no Sertão.[8][nota 2]
Com a criação da Província Eclesiástica de Vitória da Conquista pela bula Sacrorum Antistites em 16 de janeiro de 2002, por João Paulo II, a Diocese de Caetité passou a pertencer àquela Arquidiocese, instalada efetivamente em 17 de março do mesmo ano.[1]
A Catedral de Senhora Sant'Ana, reconstruída no início do episcopado, foi toda reformada e restaurada. Passou por várias reformas, sendo a última encerrada com uma celebração de reinauguração em 18 de novembro de 2006, com a presença do então governador Paulo Souto, natural da cidade, e bispo D. Riccardo Brusatti.[9][10]
↑Esse número do livro comemorativo do centenário contrasta com o número informado no site oficial da Diocese,[2] isso provavelmente decorre da transferência da Paróquia de Santo Antônio de Jesus (Paramirim) para a Diocese de Livramento, provocando assim a diminuição populacional entre 2000 e 2010. Para este artigo, entretanto, optou-se pelo registro de 2010 do livro "100 anos de Fé e Missão..."
↑Na obra "100 anos de Fé e Missão" é mencionada "a fundação do colégio Mac-Cauly"; aqui corrigido por ignorar a existência de tal nome, certamente derivado pelo desconhecimento pelos autores do artigo na referida obra sobre a grafia do nome do pastor McCall.
↑Paróquia criada em 2017 por D. Carvalho, no bairro Ovídio Teixeira da cidade de Caetité, tendo por primeiro titular o padre Waldech de Brito Gondim.[11]
↑Criada em 2018 por D. Carvalho, tendo por primeiro titular o padre Jordano Viana Filho.[12]
↑Paróquia desde 19 de maio de 1851, teve como primeiro vigário o padre Belarmino.[13]
↑Criada por D. Carvalho, em 2017, tendo por primeiro titular o padre José Rocha.[14]
↑Criada em 2017 por D. Carvalho, no bairro Brasília de Guanambi, tendo por primeiro titular o padre caetiteense Eutrópio Aécio de Carvalho Souza.[11]
↑É assim chamada em razão de se tratar de um município, mas sem uma paróquia constituída. Pertence à Paróquia de Santo Antônio de Condeúba.
↑ abMarques, Fernandes & Pires 2013, p. 227-235, Cap. IV "Nossa Contemporaneidade": "A Diocese de Caetité na "Contemporaneidade": Fé e Vida nas Terras do Alto Sertão da Bahia", por Zélia Malheiro Marques & Marinalva Nunes Fernandes.
↑Marques, Fernandes & Pires 2013, p. 79: "Dom Manuel Raymundo de Mello (1915-1925): a Territorialização da Fé Católica", por Patrícia Kátia da Costa Pina & Zezito Rodrigues da Silva
Marques, Zélia M.; Fernandes, Marinalva N.; Pires, Maria F. N. (2013). 100 Anos de Fé e Missão nas Terras Sagradas do Sertão - Bahia. [S.l.]: Eduneb. 312 páginas. ISBN8578871944
Santos, Helena Lima (1996). Caetité, "Pequenina e Ilustre" 2ª ed. [S.l.]: Tribuna do Sertão. 395 páginas