Único representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim, caiu em sua série de solo, aparelho este em que era favorito ao título, e encerrou em sexto.[1] Oito anos depois, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, conquistou a medalha de prata.
Biografia
Diego Hypólito nasceu no ABC paulista Santo André, região metropolitana de São Paulo, e mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Filho de um motorista de ônibus chamado Wagner Hypólito e uma costureira chamada Geni Matias.[2] Assim possui ascendência grega vinda de seu pai (O nome Hypólito provem do nome grego Hippolyte, que acabara sendo traduzido ou aportuguesado devido aos ancestrais da família se deslocar para o Brasil[3]), e portuguesa da parte materna.[4][5] Ainda criança teve seu primeiro contato com o esporte no Clube de Regatas do Flamengo, o mesmo em que sua irmã Daniele treinava. Por insistência dela, especializou-se nos exercícios de solo, no qual conquistou seus primeiros títulos como infantil e mais tarde como júnior.[6]
Em 2005, sofreu uma lesão na tíbia da perna direita, o que causou a interrupção de seus treinamentos por seis meses. No mesmo ano, retornou ao desporto duas semanas antes do Campeonato Mundial de Melbourne.[6] Em 2006, foi admitido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem de Rio Branco na qualidade de Oficial suplementar por méritos desportivos.[7]
Por sua atuação nos Jogos Pan-americanos de 2007, foi indicado ao Prêmio Brasil Olímpico, título conquistado pelo nadadorThiago Pereira. Em 2009, durante o Troféu Brasil, caiu em seu treino na barra fixa, tendo que abandonar a competição e passar por uma cirurgia.[6]
Medalhista de Prata nas olimpíadas do Rio 2016 na Ginástica Artística modalidade Solo.
Em 2020, candidatou-se, pela primeira vez, a um cargo político, pleiteando a uma vaga de vereador pelo município de São Paulo.[8] Filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).[9] Hypólito recebeu 3 786 votos, não sendo eleito.[10]
Carreira
BRA Júnior
Iniciando sua carreira júnior em 2001, o ginasta conquistou três medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze no Campeonato Nacional Brasileiro, realizado no Paraná. No evento seguinte, desta vez na capital paulista, foi o medalhista de prata por equipes e no concurso geral, e ouro nas provas do solo e salto.
Em mais uma edição do Campeonato Nacional, foi novamente campeão no solo e salto. Em 2002, na edição do VI Jogos da Juventude, Diego conquistou quatro medalhas de ouro (salto, solo, geral e argolas) e três de prata (paralelas, barra fixa e equipe), tornando-se o maior medalhista da competição, com sete medalhas individuais das sete disputáveis. Mais tarde, no Campeonato Pan-americano, foi ouro no solo e bronze no evento geral No ano posterior, conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata em mais uma edição do Campeonato Brasileiro, do qual saiu como o maior vencedor. No seguinte evento, o VII Jogos da Juventude, conquistou outras seis medalhas de ouro e uma de prata, novamente saindo-se como o maior campeão. Em 2004, no Campeonato Pan-americano, Diego foi novamente vitorioso no solo e no salto chamado também de tuquinha da mesa.
BRA Sênior
Em seu primeiro compromisso sênior, em 2002, apesar de ainda poder competir em alguns eventos da categoria júnior, o ginasta conquistou duas medalhas de ouro no Campeonato Nacional Brasileiro. No mesmo ano, participou do Campeonato Mundial de Londres aos dezesseis anos.[11]
Em 2004, após competições pan-americana e mundial, o atleta participou da etapa da Copa do Mundo de Stuttgart, na qual atingira apenas o sétimo lugar no salto. Na etapa seguinte, realizada no Rio de Janeiro, foi medalhista de ouro em seus principais aparatos: salto e solo. Em nova etapa de Copa do Mundo, foi novamente ouro no solo e bronze no salto. No evento seguinte, em Glasgow, na etapa escocesa da Copa, o atleta saiu-se como medalhista de ouro no solo, e com a quarta colocação no salto. Na etapa de Gante, a quinta do ano, Diego foi medalhista de ouro no solo e bronze no salto. Qualificado, disputou a Final da Copa do Mundo de Birmingham, na qual conquistou novamente a medalha de ouro nos exercícios de solo.[carece de fontes?] Em 2005, Diego conquistou uma medalha de ouro em mais uma etapa de Copa do Mundo. Mais adiante, mesmo lesionado, competiu no Mundial de Melbourne.[12] Em 2007, foi ouro em nova disputa de Copa do Mundo, agora em Stuttgart, na Alemanha.[13] No ano seguinte, teve sua primeira aparição olímpica, nos Jogos de Pequim e conquistou a medalha de ouro do solo na Final da Copa do Mundo de Madrid, realizada na Espanha.[14]
Abrindo o calendário competitivo de 2009, participou de nova etapa da Copa do Mundo, em Cottbus, na qual conquistou as medalhas de prata nos exercícios de solo, superado pelo japonês Kohei Uchimura, e no salto, superado pelo neerlandêsJeffrey Wammes.[15] Na edição seguinte, em Maribor, foi ouro no solo e sétimo no salto, em prova vencida pelo israelense Stanislav Valeiev.[16] Na etapa escocesa de Glasgow, conquistou os ouros no solo e no salto novamente.[17] Em Moscou, terminou medalhista de ouro no solo.[18] Em novembro, disputando a etapa da Croácia, conquistou o tetracampeonato nos exercícios de solo desta temporada.[19]
Big Brother Brasil 2025
No dia 9 de janeiro de 2025, Diego foi confirmado juntamente com sua irmã Daniele Hypólito, como uma dupla do “Camarote” que compõe o elenco do reality show Big Brother Brasil 25.
Sua primeira aparição em Pans, deu-se em 2003, na capital dominicana. No evento, Diego conquistou a medalha de prata na disputa coletiva, atrás da equipe cubana.[20] Classificado para duas finais individuais - salto e solo -, conquistou uma medalha. Na final do salto sobre a mesa, atingiu a segunda colocação, superado pelo cubano Eric López. Na final de seu principal aparelho, somou pontos apenas para terminar na quarta colocação.[21]
Classificado para as finais do salto e do solo, o atleta saiu medalhista de ouro em ambos os eventos. Na final do solo, Diego superou o norte-americanoGuillermo Alvarez e atingiu a primeira colocação com 15,875 pontos.[23][24]
Com esses resultados, o ginasta entrou para a história do esporte ao ser o primeiro brasileiro a receber uma medalha de ouro da categoria.[25]
Sua primeira aparição em mundiais ocorreu na cidade húngara de Debrecen. Competindo em seu principal aparelho, o ginasta conquistou vaga na final e atingiu a quinta colocação na prova.[26] Na segunda participação, em Anaheim, nos Estados Unidos, Diego melhorou sua colocação em relação ao evento anterior e conquistou a quarta colocação no aparato, única final na qual esteve presente.[27]
Nessa edição pós-olímpica, sob um novo código de pontos, Diego, aos dezenove anos, teve sua estreia em pódios de mundiais, ao conquistar a medalha de ouro nos exercícios de solo, superando o canadenseBrandon O'Neill, e o húngaro Robert Gal, prata e bronze, respectivamente.[28]
Sua quarta participação no evento global, ocorreu na cidade dinamarquesa de Aarhus. Na ocasião, classificou-se para a final do salto e do solo. Na final do salto sobre a mesa, Diego somou 15,662 pontos, suficientes apenas para a quinta colocação geral, em prova vencida pelo romeno Marian Dragulescu. Na seguinte, o solo, foi novamente superado por Dragulescu e terminou na segunda posição, com a medalha de prata, não atingindo assim, o bicampeonato.[29]
Sua quinta participação em mundiais decorreu em Stuttgart, Alemanha. No evento, Diego competiu em todos os aparelhos, visando a final por equipes e do concurso geral. Pontuando 16,050 no solo, conquistou a vaga para a final do aparelho, ao lado de mais sete ginastas: Makoto Okiguchi, Fuliang Liang, Alexander Shatilov, Guillermo Alvarez, Hisashi Mizutori, Zou Kai e Gervasio Deferr. Como o primeiro a competir, Diego somou 16,150, 0,100 a mais que na fase qualificatória, e favorecido pelas penalidades atribuídas ao chinês Zou Kai e ao japonês Makoto Okiguchi, conquistou a medalha de ouro, e com ela o bicampeonato no aparato. O espanholGervasio Deferr e o japonês Hisashi Mizutori, completaram o pódio dessa competição mundial, com a prata e o bronze, respectivamente.[30][31]
Na edição realizada na capital inglesa, Diego apresentou-se apenas nos exercícios de solo, ao optar por deixar de se participar das provas do salto, devido a cirurgia feita algumas semanas antes. Competindo no aparelho durante as classificatórias, caiu e pontuou 15,400, atrás 0,250 ponto do último classificado, o japonês Makoto Okiguchi. Reserva, não disputou a final, vencida pelo romeno Marian Dragulescu.[32]
No evento, Diego se apresentou em dois aparelhos durante a fase qualificatória: salto e solo. No salto, só executou o primeiro e não pôde ir à final. Já no solo, obteve 15.950 pontos e classificou-se na primeira posição. No final deste evento, sofreu uma queda em seu último exercício, terminando em sexto lugar.[33][34]
Durante transmissão da Rede Globo ao vivo de evento de ginástica dos Jogos Olímpicos de 2024, Daiane dos Santos carinhosamente o chamou de Tutú, ao que Hypolito, rindo, confirmou ao apresentador ser seu apelido no mundo da ginástica.