Filho legítimo de João Luiz Ignácio da Costa e D. Maria Joaquina de Bittencourt,[2] e irmão de Jeremias Luís da Costa[3] Cláudio Luís da Costa nasceu em Desterro. Viveu em São Paulo e na Bahia, mas foi no Rio de Janeiro onde permaneceu até o fim da vida. Teve 2 filhas, Olímpia Coriolano (ou Carolina) da Costa e Maria Joaquina da Costa.
Já em Santos, em 1839, se reformou no posto de cirurgião-mor do Exército. Ali, exercia gratuitamente as funções de clínico do Hospital da Santa Casa.
Foi eleito Provedor (posto ocupado primeiramente por Brás Cubas.[4][5]) e, em homenagem a toda sua dedicação, foi colocado seu retrato a óleo na sala do Consistório da Irmandade[2]
O Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi criado em 1854 pelo ImperadorD. Pedro II, com o objetivo de se dedicar ao ensino de crianças cegas (meninos e meninas).[6] Cláudio Luís da Costa foi diretor do Instituto[7] no período de 1856 a 1869. Foi ele quem, em 1862, convidou Benjamin Constant a lecionar na escola, após seu retorno da Guerra do Paraguai e afastado de suas atividades profissionais devido à malária contraída durante a guerra. Com este convite acabou por unir sua filha, Maria Joaquina, ao novo professor.[6]Maria Joaquina tinha apenas 15 anos de idade (16 de abril de 1848 - 22 de abril de 1921) quando se casou com o engenheiro e estadista fluminense Benjamin Constant.[8] Desta união, nasceram 8 dos netos de Cláudio Luís da Costa: Aldina (1864-1938), Adozinda (1866-1942), Alcida (1869-1957), Leopoldo (1870-71), Benjamin (1871-1901), Bernardina (1873-1928), Claudio (1875-78) e Araci (1882-1961) [9]
Em 1852, a filha Olímpia Coriolano (ou Carolina), casa-se com o poetamaranhenseAntônio Gonçalves Dias. O casal faz viagem para Europa (1854 - 1858). Em 20 de novembro de 1854, nasce a neta de Cláudio Luís da Costa e única filha do casal, Joanna, em Paris. Olímpia e Joanna retornam ao Rio de Janeiro para tentar amenizar os problemas de saúde da pequena. Em 24 de agosto de 1856, Joanna falece por complicações devido a pneumonia adquirida na Europa.[10] O casamento de Olímpia e Gonçalves Dias termina naquele mesmo ano.[11]
Cláudio Luís da Costa morreu em 27 de maio de 1869 no Rio de Janeiro.[12]
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1830, apresentando a memória intitulada “Entosoários Intestinais”. Foi Tesoureiro-Arquivista em 1831 e novamente no período entre 1851 e 1857.[2]
Representações na cultura
Em sua homenagem, logradouro “Rua Doutor Cláudio Luiz da Costa” no bairro Itararé, na cidade de São Vicente, São Paulo.[2]
O negócio dos camelos A Carta de Gonçalves Dias, para Cláudio Luís da Costa.[1]
Contrato celebrado entre Olímpia da Costa Gonçalves Dias e o editor B. L. Garnier para a edição da obra Cantos de Antônio Gonçalves Dias (1869)[2]
Ofício a José Bonifácio Nascentes de Azambuja solicitando a remessa ao ministro do Império do ofício que enviara relativo às obras de abastecimento de água do instituto, e a expedição dos avisos necessários para o início dos exames públicos e a distribuição dos prêmios aos alunos, (1861)[3]