A Cimeira Estados Unidos-África (United States–Africa Leaders Summit, em inglês) foi uma reunião de cúpulamultilateral realizada entre 4 e 6 de agosto de 2014, em Washington, D.C., Estados Unidos. Diversos líderes nacionais, entre chefes de Estado e de governo, de cinquenta nações africanas participaram da cimeira, dirigida pelo PresidenteBarack Obama. O tema principal das reuniões foi cooperação nas áreas de comércio, investimento internacional e segurança no continente africano.[1]
Em 31 de julho de 2014, dias antes da abertura da cimeira, a Secretaria de Imprensa da Casa Branca, convocou uma coletiva de imprensa para detalhar as discussões e preparativos para o evento. A coletiva foi liderada por Ben Rhodes, Conselheiro Nacional de Comunicações Estratégicas; Linda Thomas-Greenfield, Secretária de Estado para Assuntos Africanos; e Gayle Smith, Diretor de Desenvolvimento e Democracia do Conselho de Segurança Nacional.[2]
A cimeira foi considerada um dos maiores eventos diplomáticos realizados durante a Administração Obama, contando com mais de cinquenta líderes de outras nações. No primeiro dia de evento, Obama recebeu os dignatários estrangeiros para cerimônia de assinaturas de acordos e definição de metas para a cimeira. No dia 5 de agosto, o segundo dia do evento, foi iniciada a sessão oficial da cimeira, e à noite foi realizado um jantar de Estado na Casa Branca para os cinquenta líderes africanos e outros convidados.
Antecedentes
Em 2013, Barack Obama empreendeu uma série de visitas diplomáticas a países africanos.[3][4] Em uma das viagens, o presidente anunciou seus planos de organizar uma cimeira com líderes de todo o continente.[5] Uma das motivações teria sido o fluxo comercial africano com os Estados Unidos, que gira em torno de 85 bilhões de dólares; enquanto o fluxo comercial africano com a China aproxima-se da taxa anual de 200 bilhões de dólares.[6] Em entrevista ao jornal britânico The Economist, Obama defendeu investimentos estrangeiros no continente africano e aconselhou líderes do continente a garantirem projetos de infraestrutura que beneficiem a população local.[7]
Participantes
A África compreende 54 Estados soberanos, todos membros da União Africana. A Casa Branca emitiu o convite a cinquenta líderes africanos que se encontravam em "boas relações" para com os Estados Unidos e a União Africana.[8] O Presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, também participou da cimeira.[9][10] Barack Obama recebeu as delegações estrangeiras de forma multilateral e não individualmente, tratando o continente como um todo.[11][12] Dos cinquenta líderes convidados, trinta e sete são também chefes de Estado de seus respectivos países.[13]
Eritreia - O Presidente Isaias Afwerki foi excluído pela Casa Branca, que citou uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o país. Além disso, o presente governo recusa em estabelecer relações diplomáticas plenas com os Estados Unidos.[21]
Zimbabwe - Rumores indicam que o PresidenteRobert Mugabe não havia sido convidado por constar na lista de líderes com os quais os Estados Unidos não negociam.[24] O Ministro das Comunicações do Zimbábue, Jonathan Moyo, criticou o teor da cimeira e afirmou que os Estados Unidos temiam o avanço da China sobre o continente.[25]