Em 1983 foi realizada uma primeira edição que qualificava o campeão para a antiga Taça Brasil. O campeonato foi vencido pelo Atlético-MG e o outro finalista, o Cruzeiro, ficou com o vice campeonato.
O futebol feminino foi proibido no Brasil pelo decreto-lei 3.199 de 14 de abril de 1941, durante o governo Getúlio Vargas. Antes disso, alguns clubes amadores de futebol feminino se formaram. Em 1933, O Guarani Esporte Clube (Minas Gerais), por exemplo, formou um dos primeiros times de futebol femininos do estado de Minas Gerais[1]. Mesmo na informalidade alguns clube amadores se formaram anos depois, principalmente ligados a colégios, um dos times mais famosos foi o do Araguari Atlético Clube, a diretora do grupo escolar Costa Sena pensou em promover partidas de futebol para levantar dinheiro para a escola, em contato com o presidente do Araguari, ele confessou que o futebol não estava dando muito dinheiro, mas pensou que uma partida de futebol feminino chamaria muito a atenção, dito e feito, a partida bateu o recorde de público, vencendo o público da partida Araguari Atlético Clubex Botafogo de Futebol e Regatas, com presença de Garrincha. Depois disso, o time feminino do Araguari passou a circular várias cidades mineiras, colecionando polêmicas provocadas por uma onda de conservadorismo que rejeitava a existência do futebol feminino[2], quando elas foram convidadas para uma partida internacional, o clube recebeu uma notificação de que a atividade de futebol feminino era proibida e assim terminou a carreira da equipe[3].
Em 1983, a FIFA recomendou a criação da modalidade feminina às confederações nacionais, a partir disso o o Conselho Nacional de Desportos regulamentou o futebol feminino. Naquele momento Dirce Figueiredo, na época presidente da Federação Mineira de Futebol Amador criou um torneio feminino que passou a ser o primeiro estadual feminino de Minas Gerais e definia vaga para a Taça Brasil de Futebol Feminino[4]. No primeiro ano do torneio o Atlético foi campeão. O torneio foi disputado em outras ocasições.
A partir de 2005, o Estadual passou a ser jogado de forma regular na categoria de futebol profissional. A partir de 2019, a Conmebol tornou obrigatório que participantes da Libertadores tivessem uma equipe feminina[4], o que impulsionou a criação de muitos times, como o próprio Cruzeiro Esporte Clube (futebol feminino).