É uma ordem cosmopolita, incluindo diversas espécies herbáceas, ainda que incluía um pequeno numero de árvores (Lobelia) e arbustos.
As Asterales podem ser caracterizadas a um nível morfológico e molecular. As sinapomorfias incluem a utilização do oligossacarídeoinulina no armazenamento de nutrientes, e o facto de os estames aparecerem densamente agregados em volta do carpelo ou mesmo fundidos num tubo em torno do estilete.
Famílias
As Asterales incluem cerca de onze famílias, a maior das quais é a das Asteraceae, com cerca de 25 000 espécies, e a das Campanulaceae com cerca de 2 000 espécies. As restantes famílias contam, em conjunto, com menos de 500 espécies. As duas famílias principais caracterizam-se por serem muito cosmopolitas, centrando-se essencialmente a sua área de distribuição no hemisfério norte, as outras confinam-se quase exclusivamente à Austrália e áreas adjacentes - e, por vezes, na América do Sul.
Segundo o sistema de Cronquist, as Asteraceae constituíam a única família do grupo, mas segundo os novos sistemas de classificação (por exemplo, os sistemas APG.) criaram novas famílias. No sistema APG III, as famílias são:
A ordem das Asterales originou-se provavelmente no Cretáceo no supercontinente Gondwana, nas áreas que pertencem actualmente à Austrália e Ásia. Ainda que a maior parte das espécies extintas sejam herbáceas, o exame das famílias basais da ordem, sugere que o ancestral comum da ordem fosse uma planta arborescente.
O património fóssil disponível sobre as Asterales é raro e limita-se principalmente a épocas mais recentes, de modo que qualquer estimativa precisa sobre a idade da ordem seja muito difícil. Encontrou-se pólen do Oligoceno de Asteraceae e de Goodeniaceae. As famílias Menyanthaceae e Campanulaceae deixaram também sementes fossilizadas pertencentes ao Oligoceno e Mioceno, respectivamente.
Importância económica
As Asteraceae incluem algumas espécies cultivadas para a alimentação humana, como, por exemplo, o girassol (Helianthus annuus) ou a chicória (Cichorium). Inclui igualmente muitas espécies medicinais e aromáticas.
Em termos de horticultura e floricultura, são de referir o género chrysanthemum ou a família das Campanulaceae.
Referências
K. Bremer, M. H. G. Gustafsson (1997). East Gondwana ancestry of the sunflower alliance of families. Proceedings of the National Academy of Sciences U.S.A.94, 9188-9190. (Edição online: Abstract | Full text (HTML) | Full text (PDF))
W. S. Judd, C. S. Campbell, E. A. Kellogg, P. F. Stevens, M. J. Donoghue (2002). Plant Systematics: A Phylogenetic Approach, 2nd edition. pp. 476–486 (Asterales). Sinauer Associates, Sunderland, Massachusetts. ISBN 0-87893-403-0.
Smissen, R. D. (December 2002). Asterales (Sunflower). In: Nature Encyclopedia of Life Sciences. Nature Publishing Group, London. (Edição online: DOI | ELS site)
Ligações externas
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