O Aeroporto Luís de Camões, também conhecido como Aeroporto de Alcochete ou Novo Aeroporto de Lisboa, será um futuro aeroporto para servir o centro-sul de Portugal. Foi apresentado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro a 14 de maio de 2024 como futura substituição do Aeroporto Humberto Delgado, principal portal aéreo internacional de Lisboa.[1] O aeroporto, que se localizará entre as fronteiras de Samora Correia (Benavente) e Canha (Montijo) e parcialmente ocupando parte do Campo de Tiro de Alcochete, deverá estar pronto em 2034.[2]
História
Discussão e planeamento
A procura da localização para o novo aeroporto de Lisboa começou a 8 de março de 1969, com o Decreto-Lei n.º 48902 que constituía o “Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa”, com Marcello Caetano à frente da Presidência do Conselho. Várias opções para a relocalização do aeroporto começaram a ser estudadas, todas na margem sul do rio Tejo.[3]
Em janeiro de 2008, o governo de José Sócrates confirmou que o novo aeroporto de Lisboa iria ser em Alcochete, por ser a opção mais vantajosa técnica e financeiramente, em detrimento do plano inicial na Ota.[4] Os atrasos na aprovação das bases do contrato de concessão, os estudos de impacto ambiental e as polémicas sucessivas foram adiando de ano para ano os avanços práticos no projeto. E depois chegou 2011 e uma crise económica e financeira sem precedentes e a decisão nunca se concretizou.[3]
No final de 2021, o Instituto da Mobilidade e Transporte (IMT) assinou um contrato, de 19.500 euros por ajuste direto, para que a Asa Aviation Consulting definisse as regras do concurso público para escolher quem iria fazer a Avaliação Estratégica do novo Aeroporto de Lisboa. Mais tarde, já depois de finalizado o concurso e adjudicado o serviço, surge um novo contrato por ajuste direto, desta vez no valor de 95 mil euros, para que a ASA acompanhasse os trabalhos. A Asa Aviation Consulting tem sede em Londres e não dispõe de qualquer forma de contacto. não tem funcionários nem evidência pública de experiência no setor.[5]
A 29 de junho de 2022, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos, ordenou a construção de um aeroporto no Montijo e de um segundo aeroporto em Alcochete. Mas um dia depois, o despacho foi revogado pelo Primeiro-ministro António Costa.[6]
Em outubro de 2022, foi criada uma Comissão Técnica Independente para coordenar e realizar uma avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto.[7] Em abril de 2023, a comissão independente fechou o mapa que permitia a qualquer cidadão apresentar uma proposta estratégica para o novo aeroporto de Lisboa. Foram consideradas 17 hipóteses, que correspondem a 15 localizações. No Montijo constam duas opções: Montijo como principal e Portela como complementar e, o contrário, Portela como principal e Montijo como complementar. As novas oito opções estratégicas são: Ota, Rio Frio, Pegões, Poceirão, Évora, Apostiça, Sintra e Tancos. As opções que já existiam são Alverca com Portela, Beja, Monte Real e Alcochete com Portela.[8]
Em 05 de dezembro de 2023, a Comissão Técnica Independente apresentou, no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), o relatório para a localização do novo aeroporto de Lisboa. Em cima da mesa estiveram nove opções de localização. De acordo com o relatório da Comissão Técnica Independente diz assim serem viáveis as soluções Humberto Delgado + Campo de Tiro de Alcochete, até ficar unicamente Alcochete, com mínimo de duas pistas, bem como Humberto Delgado + Vendas Novas, até ficar unicamente Vendas Novas, também com um mínimo de duas pistas.[9]
Confirmação e construção
A 14 de maio de 2024, foi anunciado pelo governo de Luís Montenegro que o novo aeroporto de Lisboa será em Alcochete e será chamado de Aeroporto Luís de Camões. Foi também anunciada a Terceira Travessia do Tejo.[10]
No dia 27 de maio de 2024, a confirmação oficial do aeroporto foi publicada em Diário da República.[11]
Em dezembro de 2024, a ANA - Aeroportos de Portugal estimou que os custos para a construção do aeroporto sejam de cerca de nove mil milhões de euros. Este custo representa um aumento de 47% face aos 6,1 mil milhões de euros estimados para a construção de duas pistas pela Comissão Técnica Independente.[12]
Ver também
Referências
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