Às 16h55min hora local (19:55 hrs no UTC) de 9 de dezembro de 2019, um Lockheed C-130, pertencente ao Grupo de Aviação n°10 da FACh, decolou desde a Base Aérea Chabunco rumo à Base Presidente Eduardo Frei Montalva, localizada na Antártica. A aeronave estava desenvolvendo tarefas de apoio logístico, para o qual pessoal se transladava com o fim de revisar o oleoduto flutuante de abastecimento de combustível da Base Eduardo Frei Montalva, além de aplicar um tratamento anticorrosivo às instalações nacionais na zona.[4]
Após uma hora e dezoito minutos de voo para o sul, às 18h13min (21:13 hrs no UTC), todo contato radial entre a aeronave e a FACh foi perdido. Imediatamente depois disso, o status de alerta foi ativado e despachou-se uma equipe multidisciplinar de busca e salvamento desde a Região de Magalhães e Antártica e a Região Metropolitana de Santiago.[4] Após uma tentativa malsucedida de reconhecimento visual por um avião De Havilland Canada DHC-6 Twin Otter, dois caçasNorthrop F-5 e uma aeronave Bae se somaram ao trabalho de busca. Por parte da Marinha do Chile, o navio polivalente Sargento Aldea assumiu as funções de coordenador da pesquisa na área de operações.[5]
Segundo a Força Aérea Chilena, a aeronave desaparecida tinha combustível suficiente para voar até as 00h40min hora local (03:40 hrs no UTC) do dia seguinte, embora não se produzisse a aterrissagem no seu destino. Após essa hora, a aeronave foi declarada «sinistrada», mantendo as tarefas de busca durante a madrugada de 10 de dezembro.[6]
Em 11 de dezembro, o barco de pesca com bandeira chilena Antartic Endevour achou esponja flutuando a 30 quilômetros ao sul da última posição registrada da aeronave. Por sua vez, o navio polar Almirante Maximiano (H 41), mediante a conta do Twitter do presidente do Brasil —Jair Bolsonaro—, informou que encontrou «objetos pessoais e detritos compatíveis» com a aeronave sinistrada, à espera de uma peritagem para confirmar sua pertença à aeronave.[7] Nesse mesmo dia, os familiares foram informados e, posteriormente, foi informada a imprensa que restos humanos foram achados na área de busca; uma vez recuperados esses restos, proceder-se-á à identificação no Serviço Médico Legal da cidade de Punta Arenas.[8]
No dia 22 de abril de 2016, o avião teve problemas com seu trem de pouso, portanto, teve que retornar à base Chabunco de sua trajetória para a Antártica. Naquela ocasião, ficava com 45 passageiros e um bebê, pelo que se ativou o sistema de emergência na ONEMI do Magallanes. E muitas companhias de bombeiros da cidade de Punta Arenas deslocaram-se para a Base Aérea Chabunco, onde não houve feridos.[12]
Lista da tripulação
Entre as 38 pessoas a bordo do C-130, encontram-se 17 tripulantes e 21 passageiros; um deles, estudante de engenharia civil química, de 24 anos, da Universidade de Magallanes.[4][13]
A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira puseram-se à disposição tão logo quanto solicitado pelo governo chileno, através do presidente Jair Bolsonaro. O navio polar Almirante Maximiano (H-41), da Marinha —com dois helicópteros a bordo— foi ativado para operações de busca e salvamento, além de dois aviões da Força Aérea, um CASA C-295 Persuader e um Lockheed P-3 Orion.[17]
O local do acidente foi encontrado na costa da América do Sul em 12 de dezembro, a 27 km da última posição conhecida do C-130.[22]
A fuselagem, os principais componentes da aeronave e restos humanos foram identificados.[23]
Nenhum sobrevivente foi encontrado.[24]